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Paris, Texas, de Wim Wenders, e a crise da arte de contar histórias Divulgação / Argos Films

Paris, Texas, de Wim Wenders, e a crise da arte de contar histórias

Um homem solitário caminha pelo deserto, envolto em mistérios e silêncio. Seu retorno à civilização marca o início de uma jornada de redescoberta familiar e pessoal. Com um cenário árido que contrasta com as memórias vibrantes de seu passado, a narrativa constrói uma reflexão profunda sobre o que significa pertencer a um lugar ou a uma pessoa. O vazio emocional dos personagens é transmitido por um cenário que tanto os abriga quanto os distancia. À medida que o protagonista avança, o espectador mergulha em uma obra que transcende o tempo e o espaço, mesclando drama, silêncio e uma trilha sonora minimalista que amplifica o sentimento de perda e saudade.

Para Fredric Jameson, foi mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo Foto / The New York Times

Para Fredric Jameson, foi mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo

Numa época que valoriza a flexibilidade das ideias, Jameson marcou sua trajetória pela consistência das ideias. Sim, ele foi um dos maiores pensadores do marxismo (o grande monstro de hoje) e jamais abandonou sua linha de pensamento. Teve capacidade de juntar coisas impensáveis, pois lá estava ele com os mesmos métodos que se caracterizaram por uma abertura sem igual a quem pensa diferente.

James Joyce e Dublinenses: uma bula para o contista moderno

James Joyce e Dublinenses: uma bula para o contista moderno

James Joyce é amplamente reconhecido como um dos autores mais influentes da literatura moderna. Suas obras revolucionaram o modo de contar histórias, explorando a profundidade emocional e a complexidade psicológica dos personagens. Ao examinar a vida cotidiana e transcender o contexto local, Joyce criou uma nova forma de narrativa, que moldaria o gênero para as gerações futuras. Sua precisão técnica e a riqueza filosófica elevam seus textos a um nível de excelência que até hoje permanece como referência. Ler Joyce é se deparar com um escritor que redefiniu os limites da ficção.

Parem de dar parabéns aos professores e comecem a dar dinheiro

Parem de dar parabéns aos professores e comecem a dar dinheiro

O papel do professor vem sendo amplamente debatido nas últimas décadas, sobretudo com a disseminação da ideia de que o magistério é uma missão ou sacerdócio. Esse discurso, promovido por pedagogos, gestores educacionais e alguns teóricos, apresenta o professor como um profissional abnegado, movido por ideais elevados e altruístas. No entanto, ao romantizar a figura do docente, esse discurso acaba por diluir o caráter intelectual e profissional da docência, transformando o professor em um educador que deve sacrificar seus interesses pessoais em nome da educação. Essa visão distorce a realidade da profissão e prejudica a valorização adequada dos professores.

Os Irmãos Karamázov: as angústias de Dostoiévski entre a fé e a moralidade

Os Irmãos Karamázov: as angústias de Dostoiévski entre a fé e a moralidade

A obra de Dostoiévski traz à tona uma das mais profundas reflexões sobre a condição humana, transitando entre os dilemas morais, espirituais e existenciais que permeiam nossa sociedade até hoje. Com personagens complexos e intensamente construídos, o autor nos convida a mergulhar em questões universais, como a fé, o bem e o mal, e a busca por sentido em um mundo marcado pelo sofrimento. O enredo revela uma trama densa, repleta de conflitos familiares e filosóficos que ecoam através do tempo. Através de uma narrativa rica e multifacetada, somos levados a confrontar a essência da alma humana.