Bula conteúdo

Now, I’m sixty-four ou só o amor e a arte nos salva!

Now, I’m sixty-four ou só o amor e a arte nos salva!

Quando eu era jovem, imaginava a velhice com dois medos: perder a paixão pela música e, pior ainda, perder a audição. O tempo passou, cheguei aos sessenta e quatro anos, e sigo ouvindo, sentindo, vivendo música com a mesma intensidade. Mais que trilha sonora, ela foi companhia, abrigo, descoberta. Tudo começou em casa, com minha mãe cantando no quintal, na cozinha, no coração da infância. As canções ficaram gravadas na memória como quem grava afeto. E foi assim, entre Beatles, Chico e Roberto Carlos, que a música me salvou — e ainda salva.

Ainda Estou Aqui está no streaming — e o segredo do seu sucesso não está onde você pensa Divulgação / Alile Dara Onawale

Ainda Estou Aqui está no streaming — e o segredo do seu sucesso não está onde você pensa

Você dá o play achando que vai ver só mais um drama nacional. Mas, aos poucos, percebe que algo diferente está acontecendo. A história não grita, não faz discursos, não tenta convencer ninguém. Apenas mostra. E o que mostra é tão humano, tão íntimo, que é impossível não se comover. O filme não precisa levantar bandeiras — ele levanta pessoas. E isso explica muito do impacto que vem causando.

Rita Lee: o Brasil que ela inventou e que não ousamos ser

Rita Lee: o Brasil que ela inventou e que não ousamos ser

Rita Lee foi a força subversiva que atravessou gerações com humor ácido, criatividade sem limites e coragem de reinventar-se a cada verso, transformando a música brasileira em espaço de liberdade e denunciando, por meio da ironia, as contradições de um país que ainda sonha em ser mais leve, justo e irreverente. Com sua voz marcante e presença cênica singular, aproximou o pop de um senso crítico refinado, estimulando reflexões sobre feminismo, individualidade e resistência. Sua herança, viva em cada acorde, segue inspirando novas gerações a ousarem na arte e na vida, reafirmando que a irreverência e a crítica lúcida são caminhos para um Brasil mais plural e libertário.

Neil Young e suas múltiplas faces Foto / Ben Houdijk

Neil Young e suas múltiplas faces

A devoção no rock costuma ser coisa séria. Há algo de enigmático e poderoso na maneira como certos artistas conquistam seguidores fiéis, para além de estilos e gerações. Um exemplo desse fenômeno é a paixão que fãs de punk e heavy metal desenvolveram, no final dos anos 1980, por Neil Young. Um artista canadense cuja trajetória vai do folk acústico, do country a um rock intenso, com guitarras distorcidas e vocais melancólicos. Essa combinação fascinou o grunge do Pearl Jam, os maiores herdeiros do músico.

Aplaudidos no auge, invisíveis no fim: quando a fama termina nas ruas

Aplaudidos no auge, invisíveis no fim: quando a fama termina nas ruas

Maria Gladys, atriz consagrada do cinema marginal brasileiro e da teledramaturgia nacional, foi encontrada recentemente em situação de rua no interior de Minas Gerais. Aos 85 anos, debilitada e sem estrutura de apoio, recusou ajuda institucional e vive hoje à margem da sociedade — a mesma que a aplaudiu por décadas. Com passagens marcantes por filmes de Glauber Rocha e novelas da TV Globo, a atriz se tornou símbolo de um fenômeno silencioso e recorrente: o colapso da vida pública longe das câmeras.