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O Brasil da série Cangaço Novo Divulgação / Amazon Studios

O Brasil da série Cangaço Novo

As cidades interioranas estão na pauta do momento, servindo de espaço ficcional para filmes, romances e séries de streaming. Parece haver, na verdade, um esgotamento da metrópole moderna como assunto e, ao mesmo tempo, a redescoberta do universo rural. Os olhos se voltam para um cenário que carrega simultaneamente os traços urbanos e os rurais: motocicletas, picapes SUV, telefones celulares, pequenas fazendas, caatinga, em meio às relações sociais bem brasileiras e tenebrosas. 

Machado de Assis? Quem diabo é Machado de Assis?

Machado de Assis? Quem diabo é Machado de Assis?

Em lugar algum a não ser em sua mente esse emaranhado épico se desnovelou. Tudo se comprimiu em um prosaico sonho. E você tem que ser rápido nas lembranças senão os registros se diluem — sabe como é sonho. Helena, a doce bastarda; as aspirações desencantadas de Brás Cubas; as inúmeras e dúbias camadas de Dom Casturro, digo Camuso, Cas… como era mesmo o nome? Tudo começa a se evaporar. Como tantas referências puderam caber em seu sonho? Couberam, ora. Talvez excesso de leitura de Shakespeare, Xavier de Maistre e Laurence Stern para o seu TCC.

Maçã não mata a fome!

Maçã não mata a fome!

A maçã já enganou muita gente, mas nunca enganou a fome de ninguém! A maçã já enganou o Adão, que comeu a maçã e se ferrou. Sabe por que ela era o fruto proibido? Porque isso era um aviso de Deus que ela não matava a fome. Se quer matar a fome, maçã é um fruto proibido! A maçã já enganou a Branca de Neve! A coitada comeu a fruta, continuou com fome e ainda foi envenenada!

Bula de Livro: Formas Feitas no Escuro, de Leda Cartum Divulgação / Fósforo

Bula de Livro: Formas Feitas no Escuro, de Leda Cartum

Uma belíssima edição, com uma capa atraente e cativante. O livro é dividido em três partes. Começa meio tímido, arrisca pouco. O termo “um homem…” dá o tom, o início. Daí vem um dilema, uma máxima, uma interpretação. São microcontos de literatura fantástica. Pílulas de um mundo à margem, com gente neles vivendo de migalhas inusitadas de vida e sopros repentinos de entendimento. Talvez seja o mesmo homem o tempo todo. Não se sabe. “Um homem preparava arsenais invisíveis; afiava facas por baixo do pano; lustrava armaduras minúsculas; tensionava os músculos, pronto para uma guerra que iria travar sozinho a cada dia atrás da porta.

Zéu Britto e seu ministério da alegria, da esperança e da poesia Foto / Divulgação

Zéu Britto e seu ministério da alegria, da esperança e da poesia

Tivesse o Brasil um ministério da alegria, da esperança e da poesia, não haveria nome mais perfeito para a pasta que Zéu Britto. Sua música desde sempre é um sacerdócio bonito a serviço de alegrar e enfeitar a vida. Sua presença em nossa época é um presente caro e gracioso a quem ainda acredita que viver vale a pena. A beleza de sua poesia nos salva e nos cura de tudo que é feio neste mundo e nos outros. Em matéria de alegria, de esperança e de poesia, Zéu já nasceu autoridade.