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Bula de Livro: A Alma Perdida, de Olga Tokarczuk e Joanna Concejo

Bula de Livro: A Alma Perdida, de Olga Tokarczuk e Joanna Concejo

Em “A Alma Perdida”, texto e ilustrações se completam. Mais ainda, se enriquecem mutuamente. Sem os belos e instigantes elementos gráficos, a breve narrativa de Olga Tokarczuk estaria fadada a ser interpretada não mais do que como uma parábola moralizante. Talvez interessante por si só, mas, certamente, não memorável. Porém, amalgamada com os trabalhos de Joanna Concejo, tudo ganha, literalmente, cor, dimensão e profundidade.

Um dos mais belos e perturbadores livros da história da literatura

Um dos mais belos e perturbadores livros da história da literatura

Dostoiévski, há muito, não é apenas um escritor. Transformou-se em uma espécie de oráculo, profeta, arauto de futuros e “criador” de bases filosóficas e científicas consolidadas. Quase na mesma proporção da Bíblia ou de “O Poderoso Chefão”, as obras de Dostoiévski possuem respostas para tudo, segundo alguns de seus seguidores mais fervorosos. Para este que vos escreve, Dostoiévski era, primordialmente, um contador de histórias.

O eterno retorno de Michel Houellebecq

O eterno retorno de Michel Houellebecq

O homem absurdo, então, seria o sujeito que enfrenta esse confronto conscientemente, sem a necessidade de recorrer a um “salto”, isto é, a um deus — aqui, Camus se afasta de filósofos existencialistas como Kierkegaard, para quem deus representaria a própria absurdidade — e, sobretudo, o faz sem nenhuma esperança. É, assim, um homem que experimenta o que esta vida tem a oferecer, sabendo, desde o princípio, que ela é uma causa perdida.

Golpe chileno de 1973 encerrou o boom literário na América Latina

Golpe chileno de 1973 encerrou o boom literário na América Latina

Um dos maiores fenômenos latino-americanos foi a geração de escritores surgidos ao longo da década de 1960. A partir de uma sacada de mercado, espalharam-se pelo mundo os livros de Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa, Carlos Fuentes, Julio Cortázar, entre outros. Ocorreu um verdadeiro “boom”, nome de batismo pelo qual ficou conhecida essa onda. A novidade era a cultura local, com traços indígenas, africanos, que filtrava a forma do grande romance europeu e do norte-americano.