Uma obra-prima devastadora, premiada com dois Oscars — e que muita gente não vai ter coragem de assistir até o fim, na Netflix
“Manchester à Beira-Mar” se recusa a suavizar os contornos da dor e confronta o luto sem anestesia nem promessas de redenção. Kenneth Lonergan constrói uma narrativa emocionalmente rigorosa, onde cada silêncio carrega o peso do irreparável. Com atuações que fogem do artifício e mergulham na crueza da perda, o filme desmonta a ideia de que todo trauma pode ser curado — e revela a brutal dignidade de simplesmente continuar existindo.