Paolo Sorrentino e a busca dos afetos perdidos
Saiu finalmente em 2021 o tão aguardado filme “A Mão de Deus”, do diretor italiano Paolo Sorrentino, já no catálogo da Netflix. É mais uma obra com as obsessões do cineasta em torno da memória, afetos, banalidade da vida moderna e, evidentemente, a paixão pelo futebol. Assim como em “Juventude” (2015), a figura do jogador Maradona aparece no centro da tela, assume uma aura sagrada e é um dos eixos das variadas tramas criadas por Sorrentino — um dos últimos realizadores com pretensões autorais de artista.