Baseado em livro de José Saramago e com ecos de Dostoiévski, suspense existencial no Prime Video vai fritar seu cérebro Divulgação / A24

Baseado em livro de José Saramago e com ecos de Dostoiévski, suspense existencial no Prime Video vai fritar seu cérebro

Situações como a exposta em “O Homem Duplicado” deixariam até mesmo o Estagirita irresoluto. Um dos diretores mais refinados do cinema hoje, Denis Villeneuve confere apurada estética visual ao romance homônimo do português José Saramago (1922-2010), e o roteirista Javier Gullon aproxima o quanto pode a palavra de Saramago do estilo de Villeneuve, obtendo um efeito de tensão crescente, uma das marcas do vencedor do Nobel de Literatura de 1998.

Indicado a 3 Oscars em 2025 e considerado um dos melhores filmes do ano, drama com Colman Domingo chegou ao Prime Video sob demanda Divulgação / A24

Indicado a 3 Oscars em 2025 e considerado um dos melhores filmes do ano, drama com Colman Domingo chegou ao Prime Video sob demanda

Uma penitenciária de segurança máxima seria o último lugar no mundo em que alguém procuraria reconectar-se com seu eu lírico, certo? Talvez, mas pensando pela lógica estritamente inversa, possivelmente não vá existir nenhuma outra fonte de novas emoções, más e restauradoras, potentes e exaustivas, do que por trás dos muros que separam um grupo de homens do restante da civilização, em se aplicando os métodos adequados, e “Sing Sing” prova-o de maneira categórica.

Filme que consagrou Julianne Moore e levou o Oscar, na Max Divulgação / Killer Films

Filme que consagrou Julianne Moore e levou o Oscar, na Max

No cinema, poucos filmes ousam encarar com franqueza o esvaziamento silencioso da consciência humana. Em “Para Sempre Alice”, essa jornada devastadora ganha contornos de extraordinária sensibilidade graças a uma atuação arrebatadora de Julianne Moore. Na pele da professora de linguística Alice Howland, Moore constrói uma figura que se sustenta mesmo quando tudo ao seu redor — memória, linguagem, identidade — começa a ruir.

Mais uma parceria genial entre Ben Affleck e Matt Damon, com Viola Davis, que passou despercebida no Prime Video Air A História por trás do Logo

Mais uma parceria genial entre Ben Affleck e Matt Damon, com Viola Davis, que passou despercebida no Prime Video

É curioso como algumas narrativas, a despeito de parecerem previsíveis ou burocráticas à primeira vista, acabam desafiando a própria ideia do que seria “cinema atraente”. “Air”, dirigido por Ben Affleck, não tem como ponto de partida uma epopéia heróica nem um escândalo retumbante. O que impulsiona sua história é uma decisão comercial — a aposta da Nike, então um nome secundário no mercado de tênis esportivo, em um novato promissor chamado Michael Jordan.

Você vai assistir hipnotizado — e no fim, não vai saber se viu uma obra-prima ou um colapso mental (tá no Prime Video) Divulgação / Global Media Distribution

Você vai assistir hipnotizado — e no fim, não vai saber se viu uma obra-prima ou um colapso mental (tá no Prime Video)

Depois de anos fora de Budapeste, Irisz, a mocinha de “Entardecer”, volta a sua cidade, ansiando por rever a casa em que nasceu, mas só encontra a hostilidade de gente que a conhece e a despreza sem cerimônia, um sentimento que a acompanha desde sempre, agora filtrado pela luz difusa da hipocrisia. O filme do húngaro László Nemes é um vaivém de tensão de potências variadas, todas reunidas na figura de uma modista de chapéus de 1913, sozinha, vulnerável, algo narcisista e megalômana, carecendo de emprego e identidade.