Nós e nossa sublime alegria de não saber

Nós e nossa sublime alegria de não saber

A menina que hoje brinca com a comida e as próprias meias não sabe, mas ela sorri quando olha na claridade as partículas de poeira flutuando, brilhantes como estrelas caseiras, enquanto sua mãe passa uma vassoura na sala. Não sabe que a saudade corriqueira que tem do pai durante o dia é um sentimento que só vai aumentar com o tempo, o nariz e as orelhas de cada um. Ela não sabe que um dia vai ter saudade do que já foi, do que ainda é e até do que — quem sabe? — um dia poderá ser.

O homem não tem poder sobre nada enquanto tem medo da morte

O homem não tem poder sobre nada enquanto tem medo da morte

As pessoas não sabem que perderam suas asas desde que colocaram os pés nesta terra. Elas perseguem o definitivo, o concreto, o seguro e o assentado, logo que aterrissaram neste planeta. As únicas mudanças aceitas, durante sua trôpega, minguada e inexpressiva existência, residem no meticuloso planejamento financeiro do seu cotidiano mesquinho. Ninguém se dá conta, porém, de que quanto mais nos rendemos ao fascínio daquilo que consideramos como poder, mais nos afastamos da nossa tão sonhada e pouco tangenciada liberdade.

As 10 piores canções dos Beatles

Antes de mais nada, para início de conversa, o meu nome é Afrânio W. Winchester. Em dezembro de 1980, em meio a tanta balbúrdia, fui eu uma das únicas vozes que se levantaram em prol do justiceiro de Nova York, aquele quem sacou do alforje de caçador o livro “O Apanhador no Campo de Centeio” e fuzilou o beatle de óculos na portaria do prédio. E digo mais: suponho que ainda exista mais munição e palavras para detonar os outros dois que ainda restam vivos.

Melhor isso do que nada

Melhor isso do que nada

Os mesmos petistas que não abrem mão do Sírio, consideram que os cidadãos de lugares ermos e das periferias das grandes cidades devem se contentar com equipes mal remuneradas ou sem direitos trabalhistas (ou as duas coisas juntas), em lugares sujos, sem a mínima estrutura. Por qual argumento? Melhor isso do que nada. Esses são lugares que já não têm médicos mesmo, e as doenças mais comuns não precisam de estrutura. Então, segue o argumento, melhor um médico sem diploma revalidado, num posto de saúde sem estrutura, do que nada.

12 filmes de natal que Papai Noel não acredita

12 filmes de natal que Papai Noel não acredita

Costumamos relacionar filmes natalinos com enredos belos e edificantes. “A Felicidade Não se Compra” (1946), de Frank Capra, talvez seja o maior clássico do gênero. Há décadas assisti-lo é programa obrigatório para muitas famílias americanas. Mas existe também as duas versões de “O Milagre da Rua 34”, uma de 1947 e outra de 1994, além de “A Rena do Nariz Vermelho” (1964. E muitos outros. Mas como cada natal é um natal, eventualmente a fórmula sai diferente e podem render obras cínicas, críticas ou politicamente incorretas.