Não basta apenas sobreviver. Para viver é preciso sonhar

Não basta apenas sobreviver. Para viver é preciso sonhar

O que seria de nós, com todos os nossos medos, incertezas e angústias, sem o reconforto que a esperança nos dá? O viver não passaria de um purgatório sem saída ou uma prisão perpétua, a sensação indefinida de respirar por aparelhos. Uma tristeza profunda acomete os desiludidos e incrédulos, essa gente que vive dia após dia na passividade e aceitação do que a vida dá em doses homeopáticas. Seres desinteressados e desanimados, indiferentes com o amanhã, são miseráveis em sua escassez de paixão, de vontade… De viver. Só quem tem esperança é capaz de sonhar. E quem sonha, seguramente, é mais feliz!

Tem livros que insistem em nos largar

Tem livros que insistem em nos largar

Tem livros que insistem em nos largar. A gente se esforça pra gostar, volta, relê, mas não adianta: o livro não vai. Quando bati o olho em “Ele Está de Volta”, de Timur Vermes (Intrínseca), foi atração imediata. Só que Timur Vermes confunde “tema” com “trama”. Hitler no século 21 é um bom tema, mas não chega a ser uma trama. E aí, como não tem uma história pra contar, o que sobra são longuíssimas observações de Adolf Hitler sobre a decadência do mundo e da Alemanha, em particular. Lá pelas tantas, você começa a suspeitar que o autor simpatiza demais com as ideias do personagem.

Deixemos de coisa. O que mata mesmo é abrir mão de viver

Deixemos de coisa. O que mata mesmo é abrir mão de viver

Sim. Eu tenho o coração tomado de amor. Sou dessa gente que vai com tudo, caminha na brasa, mergulha na lava, se joga no fogo louco do encontro. Da vida, quero nada senão viver assim. Em chamas. É daí que vem todo o resto. Comigo, essa história de pé atrás não funciona, não. O amor chega e entra com os dois pés e o que mais há em volta. Invade a casa com dez trilhões de células e meia dúzia de lembranças para dividir feito pão e vinho. Contenção no amor é desperdício, sonolência, anticlímax, chateação. Quem sente amor tem a pele fustigada por um raio, voa baixo, treme de susto.

Amores de fast food matam o coração

Amores de fast food matam o coração

Porque legal mesmo é sair traçando tudo o que se vê pela frente, deixando fluídos por aqui e acolá, espalhando sementes em terras úmidas sem a menor precaução e preocupação com o terreno alheio. Não se engane. A fome desvairada por provar todos os quitutes da festa passa, e o vazio que fica é um buraco tão fundo e tão escuro que vai desencadear meses de insônia e muito, mas muito arrependimento por ter sido tão permissivo.

Brigar pra quê? A vida sempre há de nos bater mais forte

Brigar pra quê? A vida sempre há de nos bater mais forte

Escuta cá uma coisa. Por favor, não levante essa mão contra mim. Eu não nasci pra apanhar. Nem eu, nem você e nem ninguém no mundo. Bater para ensinar e apanhar para aprender são perversões ridículas. A gente apanha, a gente sempre apanha. Mas não é certo. Não precisa. Criatura nenhuma tem o direito de agredir a outra, sujeito nenhum tem o dever de sofrer um tapa, um soco, um chute, uma surra que o façam mais atento. Nada disso.