Filme com Angelina Jolie, na Netflix, é uma viagem nostálgica para as comédias românticas dos anos 2000
Ela sorri para a câmera com a habilidade de quem treinou cada músculo facial, domina a entonação como se a verdade fosse um roteiro e vive cercada por um verniz de perfeição que mais esconde do que revela. Lanie Kerrigan não é apenas uma repórter de televisão — ela é o próprio espetáculo. Mas o que acontece quando uma figura moldada para agradar descobre que o prazo de validade de sua existência está prestes a expirar? “Uma Vida em Sete Dias” tenta responder a essa pergunta, mas tropeça na ousadia que a própria premissa exige. Ao invés de tensionar as amarras do gênero, o filme escolhe o conforto da superfície, flertando com o abismo apenas à distância segura do previsível.