Pecados, demônios e tentações em Chaves

Pecados, demônios e tentações em Chaves

O ator, escritor e diretor mexicano Roberto Gómez Bolaños, morto em 2014, apelidado, num exagero quase perdoável, de Chespirito, ou “Pequeno Shakespeare” à mexicana. Ele é o criador de uma das mais sutis, brilhantes e temíveis representações do inferno em qualquer das artes: o seriado “Chaves”. Se, conforme ensinou Baudelaire, “a maior artimanha do demônio é convencer-nos de que ele não existe”, podemos concluir que esse mesmo demônio não iria apresentar seus domínios por meio de estereótipos: escuridão, chamas, tridentes, lava. Em “Chaves”, verdadeiramente, “o inferno são os outros”.

A teoria de Darwin aplicada às popozudas

A teoria de Darwin aplicada às popozudas

O capitalismo turbinado vigente, em que as pessoas são cegamente submetidas às leis do mercado, é uma espécie de sociedade darwinista. Ou seja, vigora a lei do mais apto. O filósofo Herbert Spencer, não sei se por ignorância ou por pura má-fé, adaptou o princípio da “lei do mais apto” para a “lei do mais forte” e ajudou a dar sustentação ideológica ao Nazismo de Hitler, com sua superstição de raça superior ariana.

10 livros para idiotas

10 livros para idiotas

Está enganado quem acha que idiotas não leem. A verdade é que boa parte da literatura está voltada para eles, que tratam de transformar autores sem talento em multimilionários. Acontece desde antes do tempo em que seu bisavô era criança. Antes disso, Schopenhauer já dizia que “quem escreve para os tolos encontra sempre um grande público”. Também é notado que não só os livros ruins conseguem leitores idiotas. Clássicos da literatura, alguns dos livros mais brilhantes já escritos, também carregam esse fardo por um motivo ou outro. Nesta lista, elejo os dez maiores livros para idiotas, que chamam de burro quem fala “indiota”, mas citam “Harry Potter” como um dos melhores livros já escritos na história.

A minha primeira vez: na íntegra e sem cortes

A minha primeira vez: na íntegra e sem cortes

Eu sei que as demandas da hora andam periclitantes, mesmo assim vou contar, na íntegra e sem cortes, a minha primeira vez pra vocês. Eu sei, por exemplo, que muitos estão preocupadíssimos consigo mesmo — para variar — em virtude da recente disparada do dólar. Alguns porque viajariam em compras maníacas para Miami; outros, em lua de mel para Cancun. Os primeiros — quem sabe — terão que se contentar com as liquidações de ponta de estoque das lojinhas na 25 de março em São Paulo. Aos segundos — esta hipótese até que não soa tão broxante assim — talvez reste apenas trocar juras de amor numa pousadinha barata na montanha.