E se o amor pegar você, a culpa é sua

E se o amor pegar você, a culpa é sua

Cuidado. Quando você menos espera, ele vem e acerta você em cheio. Acontece do nada, sem aviso, a cada um de nós. De repente, uma avalanche desaba sobre a sua cabeça. É bom você se preparar. Depois, quando acontecer, não reclame. Sim, porque se o amor pegar você de jeito, a culpa será toda sua. Uma hora vem alguém e entra. Agora mesmo, em algum lugar insuspeitado há pessoas organizando passeatas, manifestações, protestos para bagunçar a ordem sisuda das coisas e esparramar amor pelas ruas.

“Você disse some e eu somei. Eu disse some e você sumiu”

“Você disse some e eu somei. Eu disse some e você sumiu”

A matemática do amor e dos relacionamentos em geral é complicada. Cada um de nós tem um jeito único de ver e entender as coisas. Encara as próprias equações e se atrapalha. Quando é pra somar, divide ou multiplica. Faz isso, conforme a quantidade de minhocas passeando nos neurônios recheados de esquisitices. Fato é que mora em nossas cabeças um perseguidor implacável. Ainda que o escondamos. O asfixiemos com as mágoas do coração. Finjamos ser ele nosso melhor amigo. O algoz existe e respira feroz.

Saudade até do que era pra ser e não foi

Saudade até do que era pra ser e não foi

Minha geração tem um cacoete: quem não morreu ficou velho. Mas não pense que minha geração é dessas que passam pela vida impunemente. Não. Minha geração é bicho feral. Minha geração disse a que veio. Não apenas disse, mas fez o que prometeu fazer: mudar o mundo. Olhe que não é uma tarefinha à-toa do tipo construir uma Transamazônica ou uma Ferrovia Note-Sul, que são obras de vulto, mas têm, até certo ponto, apenas impacto local. A nossa geração é maior: veio para mudar o mundo. E aprontou.

O amor quando acontece, a gente esquece logo que sofreu um dia

O amor quando acontece, a gente esquece logo que sofreu um dia

Tirou a bala da coxa dela e sentiu que aquele estremecimento interior devia, sim, ser o tal amor à primeira vista. Pensem numa mulher bonita. Imaginem agora que ela flutue, que possua um par de pernas tão gigantescas e acolhedoras que façam com que qualquer sujeito se sinta na obrigação de derrubá-las, como se fosse um avião penetrando nas Torres Gêmeas. Ah… Certa vez, namorei uma trinca de gêmeas siamesas que miavam no quintal dos meus delírios como gatas embriagadas de amor. Uma gozava em falsete, outra fazia a segunda voz, e a terceira não dava um só piu, um ui que fosse: odiava-me.