Se for pra ter um amor, que ele tenha olhos de ressaca

Se for pra ter um amor, que ele tenha olhos de ressaca

Não dá para viver de meias medidas, foi o que concluí depois de uns goles de vinho barato. Se a bebida fosse boa, talvez tivesse me mantido na humildade fabricada dos muito abastados. Mas há dias em que se está mais corajoso que o normal. Dias em que metas são traçadas e sonhos são sonhados. Tudo sem muita modéstia, tem dias em que se acorda para ser grande.

Livro comprova a ligação de Pablo Escobar com governo cubano de Fidel e Raúl Castro

Pablo Escobar mandou matar candidato a presidente, Luis Carlos Galán, juízes, empresários, jornalistas, rivais e ex-aliados. Sequestrou políticos e empresários. Inundou o mundo com a cocaína produzida na Colôm­bia e, mesmo todos sabendo que era traficante, chegou a ser parlamentar. Mudou leis, travou a aprovação de um projeto de lei que propunha a extradição de traficantes de drogas para os Estados Unidos. Comprava políticos, policiais, empresários, artistas famosos, jogadores de futebol. Era temido e admirado. Participou de um carnaval no Rio de Janeiro, saiu com mulatas e tinha predileção por mulheres virgens.

Somos nós que mudamos os livros que lemos, inserindo neles as nossas vivências

Somos nós que mudamos os livros que lemos, inserindo neles as nossas vivências

Sim, os livros me deram rumos e gostos literários, mas meus defeitos e idiossincrasias estão ainda aqui, bem cultivados e inflacionados, obrigado, obrigado. Nenhuma mudança sísmica como aconteceu na vida dos autores desses textos; no máximo, orçamento deficitário para manter o vício das leituras desorganizadas e doenças respiratórias causadas pelo acúmulo de poeira nas pilhas de livros ainda por ler. Creio, inclusive, que somos nós que mudamos os livros que lemos, inserindo neles as nossas vivências (Otto Lara Resende dizia que todo leitor sempre lê a si mesmo, ou algo assim). Mas vá lá: se o freguês quer, assim é (se lhe parece) — escreverei sobre os livros que “mudaram” a minha vida.

Troco uma dúzia de amantes por um único amor

Troco uma dúzia de amantes por um único amor

Quem já não sonhou em ter alguém que realizasse todos os seus prazeres? Imagino como seria ter um escravo de amor que obedecesse às leis de um romance inventado por mim, que comigo protagonizasse as mais incríveis cenas profanas, que não me castrasse os impulsos nem me regulasse a libido. Um devoto a mim e à minha maneira de ser e querer do meu jeito, mesmo quando eu não quisesse ser nada, senão eu mesma e a minha mesmice.