Contrariando as previsões em contrário, não estamos sendo felizes para sempre

Contrariando as previsões em contrário, não estamos sendo felizes para sempre

Então é isso: a vida acontece. A chuva e o pranto. O parto, a partida, o desencanto. Jornadas sem resposta. Chaves de pernas. Solidão a dois. Alta velocidade e a inexplicável falta de tempo para se gozar as coisas simples. Somos caras, caretas, beijos e muita gostosura. Vaidade é o que somos. Há a letargia dos que riem de tudo. Há a liturgia da angústia que ainda viceja em vários, apesar de séculos de história.

Pare de aborrecer a vida dos outros com sua dieta

Pare de aborrecer a vida dos outros com sua dieta

Que o mundo está povoado de gente chata nós já sabemos. Nas redes sociais, felizmente há estratégicas opções de fuga: desfazer amizade, ocultar publicações, bloquear usuário… Bom seria se a vida real viesse com botão “ignorar pela próxima meia hora” sem que isso causasse uma enxurrada de mal-estar. Nada resta a nós, miseráveis, senão fugir ou comprar a briga cara a cara.

On the Road, o livro que inventou uma geração

On the Road, o livro que inventou uma geração

A literatura universal é pródiga em brindar a humanidade com obras que são verdadeiros divisores de águas. Mas, destas, só algumas podem ser classificadas como seminais. Este espaço é para relatar uma experiência fascinante aos olhos do leitor amadurecido: a publicação em meados do século 20 do seminal “On the Road”, segundo romance de Jack Kerouac. O livro que influenciou de Bob Dylan a Jim Morrison, passando por Charles Bukowski, Lou Reed, Win Wenders.

A era dos ídolos medíocres

A era dos ídolos medíocres

Os medíocres sempre existiram em todas as atividades humanas, seja nos esportes, na política, nas religiões, nas ciências, na guerra ou na cultura. Estamos acostumados com eles. Em muitos casos são inofensivos ou mesmo necessários. A ameaça se revela quando se tornam dominantes, como é o caso no cenário cultural brasileiro. Podemos observá-lo em vloggers, blogueiros, socialites, literatos e cineastas, entre outros. Mas onde esse fenômeno se torna mais evidente é na música popular.

O que o Parkinson e a força de minha avó me ensinaram sobre a vida

O que o Parkinson e a força de minha avó me ensinaram sobre a vida

Há duas maneiras de se encarar o fim. Uma é morrendo. A outra é recusando a primeira. Minha avó escolheu a recusa e tem bancado a escolha. Há 20 anos minha família se viu obrigada a conviver com a palavra “degeneração”. A nós, no entanto, foi destinada a parcela menos severa do problema. Minha avó foi forçada a aceitar a convivência de fato dolorosa. E aceitou. Não se trata de resignação. Esse termo não combina com quem resolveu lutar todos os dias pela vida, como se esta ainda fosse uma opção divertida. Mas até em gente assim, que consegue animar a mente enquanto o corpo dá adeus, o Parkinson é avassalador.