A felicidade está nas pequenas coisas da vida

A felicidade está nas pequenas coisas da vida

É, essa vida anda tão agitada. Vivemos num mundo onde grandes coisas acontecem ao mesmo tempo. Enquanto tem um foguete japonês sendo lançado pro espaço em busca das respostas de como se formou o sistema solar, do outro lado do mundo tem protestos americanos contra o racismo. E por aqui continua tudo confuso. Acordamos cedo e em nossos jornais as mesmas notícias já estragam o desjejum. É mentira aqui, roubo ali, violência acolá. Medo em todos os lugares. Muitas vezes engolimos a desesperança apressados e partimos para os deveres nossos de todo dia.

Neste Natal já sei o que vou pedir: Você

Neste Natal já sei o que vou pedir: Você

Pode chegar… Me dá a tua mão. Entrelaça os teus dedos nos meus, me segura com firmeza e suavidade, desse jeito que eu sei que você sabe. Enrosca os braços na minha cintura e olha bem pra cá, na minha imensidão verde oliva. Não tira os teus olhos dos meus, eu te peço, mesmo sem nada pronunciar e tudo dizer. Se por ventura sentir medo da maré que vem de mim, não se apequene, agarre-se nos meus cabelos, orelhas, ombros, o que você encontrar pela frente. Escute somente as minhas risadas férvidas e meus apelos de que você venha comigo.

Felicidade, quando dá, tristeza nenhuma segura

Felicidade, quando dá, tristeza nenhuma segura

Olha, nem adianta. Não há o que fazer. A gente aceita e pronto. Esse negócio não tem cura. Quando bate, derruba. Felicidade é fogo. Não tem remédio, injeção, simpatia, massagem, terapia alternativa, intervenção cirúrgica, emplastros, unguentos, compressas, fórmulas homeopáticas, reza brava. Nada! Quem pega uma vez felicidade tem de viver com isso para sempre. É certo que ela vem e volta. É da ordem das doenças crônicas. O sujeito sente uma pontinha de alegria distante, lembra um dia bom que ficou lá atrás, encontra um alguém querido, recebe uma notícia boa e está feito o quadro. A crise se prenuncia e aí não tem jeito, é correr e tratar. Porque, você sabe, felicidade não tem cura. Só lhe cabe tratamento.

Está na hora de fazermos alguma coisa. Vamos fazer gentilezas!

Está na hora de fazermos alguma coisa. Vamos fazer gentilezas!

Então já é dezembro. Vem aí o Natal de novo. É sempre assim, a vida escorrega por sob os pés da gente, daqui a pouco é dia 24, quase meia-noite, e se bobear eu não terei dito a você o que preciso lhe dizer desde sei lá quando. Então, só por garantia, vou dizer por aqui primeiro e depois a gente vê o que faz! É que eu tenho sentido uma gratidão tão grande por nós, sabe? Agradeço mesmo a alegria de sermos, assim, pessoas contemporâneas, se virando e se debatendo nesse mundo tão entupido de grosseria e estupidez.

Paul McCartney fala com exclusividade a Revista Bula

Deu nos jornais que Paul McCartney trouxe chuva ao Brasil. Eu nem precisava ler, pois presenciei parte da coisa bem de perto. Paul derramou lágrimas do céu e chuva dos olhos dos fãs. Na sua passagem por Cariacica, Brasília e São Paulo, ele deu banho de vitalidade e carisma. Salvou o meu ano e, ainda por cima, está me ensinando a relevar a humanidade. Quando vejo Paul McCartney metendo bronca no palco, brilhando como um daqueles rojões que sempre espocam durante a performance ao vivo de “Live and let die”, chego a pensar que o ser humano talvez tenha remédio. “The love you take is equal to the love you make”. É isso aí.