O coração é um carro veloz, sem freio e sem volante

O coração é um carro veloz, sem freio e sem volante

Quem nunca praticou uma loucura arrastado pelo coração não sabe o que é viver intensa e perigosamente. E se você é o tipo de pessoa que lamenta ou mesmo se gaba de levar uma vida contida, os sentimentos sob controle, de trazer seu coração a rédeas curtas, que nunca deixa que suas pulsões sentimentais sobrepujam as ideias cerebrinas, espere só pra ver. Mais dias menos dias, a voz do coração que vem das profundezas do ser, feito uma força estranha que provoca terremotos e grita mais alto e sem que você se esforce será capaz de encenar os atos mais insanos para defender os territórios das paixões que você julgava que não tinha.

Como dizer adeus a um amor que já não serve mais

Como dizer adeus a um amor que já não serve mais

Despedir das pessoas e das coisas é desapegar-se um pouco de si. É deixar ir embora o que já fez parte de nossa história, mas que, por alguma razão, não pode mais fazê-lo. Dizer adeus é aprender a conviver com o que sobrou aqui dentro, reinventar-se para se sentir inteiro novamente e buscar alicerce no que ficou. Somos uma sinfonia improvisada e tropeçante, ribombando entre sonoras melodias e acordes dissonantes. A despedida fica ainda mais difícil quando se pretende deixar pra trás um movimento a quatro mãos.

É tudo culpa do amor à primeira vista

É tudo culpa do amor à primeira vista

Culpa dele. Impulsivo, ansioso, dependente de um coração que faça valer a pena as batidas do próprio compasso. Ah, esse tal de amor à primeira vista que nos faz perder o juízo. Se fosse só o juízo, até que estava bom. Perde-se o discernimento e a sensatez. Tudo em prol de uma nova possibilidade de encontrar a metade da laranja, a tampa de panela que, depois de tanto querer fechar, ora estava frouxa, ora pequena demais para um coração tão grande e tão cheio de amor para dar.

Qualquer felicidade é melhor do que sofrer por alguém que não se pode ter

Qualquer felicidade é melhor do que sofrer por alguém que não se pode ter

A mesma estrada que encerra, representa a possibilidade de outra começar. Quando se perde alguém, o caminho a progredir talvez seja o de se encontrar, porque ainda assim cambaleando, baleados, feridos e mal pagos, a dor nos coloca mais perto de nós mesmos. Todavia, seguir em pranto ainda parece uma razoável opção, já que nem todas as lágrimas são ruins. São restos de nós mesmos nos avisando para onde não devemos mais voltar.

A vida é muito curta para se pagar todas as dívidas

A vida é muito curta para se pagar todas as dívidas

É tanta dívida, que sobra pouco espaço para a vida plena. Parece uma maldição semântica: a palavra “vida” está contida em “dívida”. Para se viver com o mínimo de dignidade é preciso abstrair-se das dívidas. Se levarmos em conta que dívida não é uma coisa boa, não sobraria espaço para coisa boa na vida. Pois semanticamente a palavra “dívida” é maior que “vida”.