Não há nada que alegre mais o coração de pedra de um crítico que encantar-se por um filme que julgara tolo às primeiras cenas. É exatamente este o caso de “Meu Eu do Futuro”, uma comédia sobre decisões que tomamos hoje e, como diz o Conselheiro Acácio em “Primo Basílio” (1878), o romance do português Eça de Queirós (1845-1900), implicam consequências no amanhã.
A Europa passava por dias atribulados naquele setembro de 1939. No primeiro dia do mês, a Alemanha de Hitler invadira a Polônia, rompendo a Segunda Guerra Mundial, que se estenderia pelos seis anos seguintes. Um famoso médico austríaco recém-radicado em Londres estava entre aqueles que tentavam driblar os confrontos, e a “A Última Sessão de Freud” fixa-se num certo encontro que teria mantido com um escritor que, sem encostar-lhe um dedo, desmontara-lhe a suposta autossuficiência.
Gerard Butler, Peter Mullan e Connor Swindells são a espinha dorsal deste drama claustrofóbico. O ambiente isolado da ilha funciona como um microcosmo de emoções, onde cada personagem traz uma carga única de anseios e angústias. Butler, como James, tenta manter um vínculo com o mundo exterior, representado por sua esposa e filho. Já Mullan, no papel de Thomas, encarna a figura do veterano resignado, com cicatrizes emocionais visíveis em cada ruga. Swindells, interpretando o jovem Donald, completa o trio com uma jornada de amadurecimento forçado, oscilando entre a ingenuidade e a desesperança.
“A Baleia”, dirigido por Darren Aronofsky, mergulha fundo na complexidade humana ao retratar a trajetória de Charlie, um professor de literatura recluso e marcado por dores emocionais e físicas. Com um peso avassalador de 272 quilos, ele enfrenta o isolamento e busca redenção em um cotidiano claustrofóbico. O filme se destaca por performances intensas e uma narrativa que explora empatia e sofrimento, desafiando o espectador a refletir sobre fragilidade e resiliência.
A Inteligência Artificial já é capaz de fazer textos tão perfeitos que podem até ser confundidos com textos escritos por um ser humano. Desde que o ser humano esteja bêbado. Mas os cientistas garantem que isso vai melhorar, em pouco tempo a Inteligência Artificial vai ficar cada vez mais próxima do ser humano sóbrio. O medo de alguns cientistas é que a Inteligência Artificial fique tão parecida com o ser humano que comece a encher a cara.
