Paulo Gustavo: quando a morte contraria a ordem natural das coisas

Paulo Gustavo: quando a morte contraria a ordem natural das coisas

Ironicamente, a finitude, única certeza que carregamos, é também a causadora dos nossos maiores espantos. Morrer não nos parece razoável, ainda que cláusula pétrea das leis de Deus. Ver morrer quem trilhava menos da metade da história que merecia escrever é desconcertante. A redenção, talvez, esteja nos enredos que a vida, ora implacável, ora generosa, permitiu que fossem traçados. A eternidade, desafio inatingível para a ciência e a medicina, é exclusividade da arte.

Jorge Luis Borges diz que poemas de amor de Neruda são fracos e que a chilena Gabriela Mistral era medíocre

“A História É Amarela — Uma Antologia de 50 Entrevistas da Mais Prestigiosa Seção da Imprensa Brasileira” (Editora Abril, 326 páginas) reúne diálogos com Nelson Rodrigues, Salvador Dalí, João Gilberto, Octavio Paz, Sergio Buarque de Holanda, Gabriel García Márquez, Carlos Drummond de Andrade, Gilberto Freyre, Tom Jobim, João Cabral de Melo Neto, Mario Vargas Llosa, Thomas Piketty, entre outros. O poeta e prosador Jorge Luis Borges foi entrevistado, em setembro de 1980 — seis anos antes de morrer, em 1986, na Suíça —, pelo jornalista Alessandro Porro (morreu em 2003).