Filme com Jennifer Garner que levou milhares de espectadores aos prantos, no Prime Video e Telecine Play

Filme com Jennifer Garner que levou milhares de espectadores aos prantos, no Prime Video e Telecine Play

Há filmes que se contentam em confortar. Outros ousam desconstruir o conforto e expor o espectador àquilo que há de mais incômodo e essencial: a dúvida. “Milagres do Paraíso”, ao contrário do que o título pode sugerir, não é um exercício de piedade visual, tampouco um sermão disfarçado de enredo. Sua potência reside justamente na recusa em oferecer respostas prontas — e é nessa recusa que o longa dirigido por Patricia Riggen encontra sua voz mais genuína.

Martin Scorsese convenceu Joe Pesci a retornar da aposentadoria para esse último filme, na Netflix Divulgação / Netflix

Martin Scorsese convenceu Joe Pesci a retornar da aposentadoria para esse último filme, na Netflix

Martin Scorsese, em “O Irlandês”, não apenas revisita o universo da máfia americana — ele o exuma. A câmera não é mais cúmplice da glória dos crimes, mas testemunha discreta de um passado que apodrece em silêncio. Aqui, o glamour antes associado à vida dos gângsteres se dissolve numa névoa de arrependimento, solidão e fim. Scorsese ergue uma elegia devastadora aos homens que confundiram lealdade com obediência cega, e poder com permanência.

Filme que quase fez o Oscar ser cancelado por premiar ator acusado de assédio, na Netflix Divulgação / Prime Video

Filme que quase fez o Oscar ser cancelado por premiar ator acusado de assédio, na Netflix

Há filmes que sussurram enquanto o mundo grita. “Manchester à Beira-Mar” é um desses raros exemplares que, em vez de oferecer explicações, insiste em deixar que as rachaduras falem por si. Kenneth Lonergan escolhe, deliberadamente, não preencher os vazios: ele os amplia. O luto, nesse universo gélido e repleto de silêncios incômodos, não é uma fase a ser superada, mas um estado crônico, um tipo de exílio interior. Desde os primeiros minutos, é possível perceber que o filme não conduz seu protagonista rumo à cura, mas o força a coexistir com a dor — como quem aprende a respirar num quarto sem janelas.

Últimos dias para ver no Prime Video o filme que venceu 7 Oscars em 2024 e já é considerado um dos maiores da história do cinema Divulgação / Universal Pictures

Últimos dias para ver no Prime Video o filme que venceu 7 Oscars em 2024 e já é considerado um dos maiores da história do cinema

Com rigor cirúrgico e ambição épica, Christopher Nolan reconstrói o nascimento da era nuclear a partir do olhar de um homem dilacerado entre a genialidade e o remorso. “Oppenheimer” não dramatiza apenas um feito científico — esmiúça as ruínas morais que dele emergem, traçando o retrato de um cientista que, ao tocar o absoluto, condena-se ao eterno colapso interior.

Filme que fez as pessoas desmaiarem e vomitarem nos cinemas é também maior bilheteria de língua não inglesa da história, na Netflix Divulgação / Icon Productions

Filme que fez as pessoas desmaiarem e vomitarem nos cinemas é também maior bilheteria de língua não inglesa da história, na Netflix

Mel Gibson não filmou “A Paixão de Cristo” como quem deseja contar uma história — ele a esculpiu como quem escava uma ferida. A escolha de retratar, com obsessiva minúcia, os momentos finais da vida de Jesus vai bem além de um exercício devocional ou histórico. O filme não sugere empatia; exige confronto. Com o idioma original da época e uma câmera que se recusa a desviar o olhar da tortura, o longa expõe um corpo desfigurado como ícone da fé, rasgando o verniz estético que usualmente envolve narrativas religiosas e substituindo-o por carne aberta, ossos expostos e silêncio forçado.