De partir o coração, “Blue Valentine” nos confronta com o realismo das relações a dois. O filme segue o casal Dean e Cindy, interpretados por Ryan Gosling e Michelle Williams, em duas linhas temporais, mostrando o momento em que se apaixonam e o momento em que percebem que não estão mais apaixonados. Diante disso, faz um retrospecto de seu relacionamento para investigar onde foi que tudo deu errado.

De tempos em tempos, a humanidade embarca em aventuras precipitadas, mesmo suicidas muitas vezes, e se aprisiona nesse cenário de selvageria, horror e morte. Sempre desgostoso com suas conquistas, querendo sempre mais e mais — e com frequência o que não deve ter —, o homem se esmera por ser encarado como o centro do universo, realizando seu sonho autodestrutivo de emular o poder divino

O roteiro sofisticado de David Mamet, o dramaturgo vencedor do Prêmio Pulitzer em 1984 pelo texto de “Glengarry Glen Ross”, peça logo adaptada para o cinema, volta a ganhar a dimensão que só as imagens na tela grande poderiam lhe conferir pelas mãos de um mestre nesse ofício. Mas Brian de Palma faz mais que só traduzir em movimento a pena de Mamet. Optando por dar voz a um esquadrão cheio de particularidades no combate a um grande mafioso, “Os Intocáveis” louva a coragem desses policiais.

Nos sentimos constantemente frustrados com as idealizações que fazemos sobre carreira, relacionamentos, filhos, amizades e tudo mais que engloba nossa existência. Estamos sempre insatisfeitos. A vida parece constantemente desafiar nossas expectativas e nos mostrar que não temos controle sobre tudo. Aliás, não temos controle sobre nada e a pandemia é uma evidência disso. Mas nesta deliciosa comédia romântica com George Clooney e Julia Roberts refletimos sobre a necessidade de abrir mão da direção e simplesmente deixar a vida levar.

Um filme que desmistifica o amor romântico e nos faz confrontar a realidade implosiva dos relacionamentos, “Closer: Perto Demais” foi inovador em seu tempo, 2003, ao retratar a vida a dois de uma forma mais aproximada da realidade (mas nem tanto). Na adaptação cinematográfica de Mike Nicholls da peça de Patrick Marber, exploramos a falta de escrúpulos de quem se relaciona apenas para brincar de exercer poder sobre outro.