O comunista Vladimir Kemenov, o nazista Adolf Hitler e um deputado norte-americano (este em 1949) acusaram publicamente a arte moderna de ser degenerada. Segundo Kemenov aquela profusão de ismos — cubismo, surrealismo, dadaísmo, futurismo — servia à burguesia decadente; segundo George A. Dondero ela servia aos comunistas, e segundo o Führer essa mesma arte servia a judeus e bolcheviques, ao mesmo tempo em que era produto da orfandade étnica.
Ao escolher lidar com material inflamável, que poderia produzir um espetáculo pirotécnico de beleza sem par, sob o risco de causar uma explosão de proporções inestimáveis, Nick Antosca, Todd Grimson e Lenore Zion deram forma a uma das melhores minisséries de terror de todos os tempos. Os criadores de “Vingança Sabor Cereja” levam uma história cujo aspecto de fantasia é incorporado sem dificuldade à porção verossímil da trama, o que por seu turno seria fora de propósito caso não contassem com um elenco admirável.
Você já sabe que a gente adora checar o tomatômetro do Rotten Tomatoes para ver o desempenho das produções da Netflix na opinião do público e da crítica. Lá, é possível ver como a audiência avaliou os filmes e, também, a crítica especializada, formada por um poderoso time de jornalistas e profissionais do audiovisual. Nesta lista, selecionamos os filmes mais aclamados do medidor de qualidade.
As armadilhas do tempo e da própria vida parecem fichinha para quem está acostumado a lutar pelo que quer desde sempre. Contudo, há que se contar com as trapaças que o destino elabora pelas mãos gananciosas do homem, o maior inimigo da humanidade. Kleber Mendonça Filho dá justamente esse recado por meio da protagonista de seu “Aquarius”, um filme que se desdobra com toda a precisão necessária sobre a vida de uma mulher que se especializou em enfrentar desafios e, aos 70, deve se preparar para a guerra mais cruenta de sua vida.
É ponto pacífico que a técnica, mesmo impecavelmente empregada, não salva um filme da ruína se não contar com uma boa história, ótimos atores e um diretor excelente. “1917” junta tudo isso, e acaba produzindo um relato comovente e revelador sobre um episódio da ainda pouco estudada Primeira Guerra Mundial. Por trás de um trabalho tão complexo — e completo — o talento de Sam Mendes, um cineasta que bota a mão na massa sem medo de se sujar.
