Indicado a 14 Oscars, romance no Amazon Prime Video tem o poder de saltar da tela e tocar seu coração

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Quem diz que musicais são historinhas açucaradas, inconsequentes, em que já se sabe de antemão o que vai acontecer — um mocinho e uma mocinha se conhecem, se desencontram um pouco, mas se apaixonam e vivem felizes para sempre —, precisa assistir a “La La Land: Cantando Estações”. O filme, um musical com quase todos os clichês do gênero, como só os americanos sabem fazer, é um trabalho de composição riquíssimo, em que o diretor Damien Chazelle apresenta sua versão do que entende por uma narrativa que dosa música, dança e texto com sabedoria. O que lhe conferiu uma enxurrada de Oscars.

6 filmes que são dados como certos na briga pelo Oscar 2022, 4 na Netflix e 2 no Amazon Prime Video Divulgação / Apple TV+

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Nada começa do zero, e se se quiser chutar o balde, basta se evocar a máxima de Chacrinha. Certa feita, o Velho Guerreiro alardeou que na televisão, tudo o que se via era, na verdade, o efeito de cópias, muito bem estudadas, do que já havia sido levado ao ar em algum momento. O cinema tem seus lances de glória e genialidade, e também mostra que copiar pode ter seu lado positivo. Na lista preparada pela Bula, com seis favoritos ao Oscar 2022 — quatro na Netflix e dois no Amazon Prime Video —, se nota a tendência, louvável quanto a se recuperar a importância da literatura e de outras artes, sem que para tanto o cinema deixe de brilhar.

‘A Filha Perdida’ e ‘O Fio Invisível’ abordam o medo e a liberdade das mulheres

‘A Filha Perdida’ e ‘O Fio Invisível’ abordam o medo e a liberdade das mulheres

Em meio à infantilidade de super-heróis e aos cometas para destruir o planeta, dois filmes recentes da Netflix voltam à forma do drama psicológico de altíssimo nível. Chegou a hora de, novamente, descer ao mundo das pessoas comuns e ver a complexidade delas. A primeira obra é “O Fio Invisível”, dirigido por Claudia Llosa e adaptado do belíssimo romance “Distância de Resgate”, da argentina Samanta Schweblin. A outra é a versão de Maggie Gyllenhaal para o livro “A Filha Perdida”, da italiana Elena Ferrante.