Belíssimo e hipnotizante, filme sobre solidão e autoconhecimento na Netflix vai deixar seu espírito mais leve Divulgação / Fox Searchlight Pictures

Belíssimo e hipnotizante, filme sobre solidão e autoconhecimento na Netflix vai deixar seu espírito mais leve

“Wild” (2014), sob a direção de Jean-Marc Vallée, apresenta uma jornada de autodescoberta e redenção, ancorada por uma performance visceral de Reese Witherspoon. A trama segue Cheryl Strayed, que se aventura em uma caminhada solitária de mais de mil milhas na Pacific Crest Trail, numa tentativa de se reconciliar com seus demônios pessoais e tragédias passadas.

Felicidade ainda que tardia

Felicidade ainda que tardia

Susie estranhou a si mesma. Sentia uma alegria desgraçada — no sentido bom, hiperbólico — desde as primeiras horas da manhã. E olha que o dia estava terrivelmente propício para a prática da neurastenia: o céu cinzento, feioso, quase ninguém nas ruas e uma chuva torrencial que parecia querer penetrar nos ossos. Aos 25, em certa medida, Susie pensava e agia como se tivesse 65. Pelo andar da carruagem, sua alma acabaria sucumbindo mais cedo do que o corpo.

O filme, que Zac Efron considera como sua melhor atuação, está no Prime Video Divulgação / Altitude Film Entertainment

O filme, que Zac Efron considera como sua melhor atuação, está no Prime Video

Dissociar o homem de sua ganância, que por seu turno vem muitas vezes escondida sob o manto exuberante da natureza, é tarefa pretensiosa para qualquer filme, de modo que nem sempre bastam boa direção, elenco afinado e uma edição cuidadosa liquidam a fatura, em produções que acabam por testar a paciência do espectador. Em “Gold”, Anthony Hayes se esforça para abranger boa parte dos conflitos que a história encerra, mas a onipresença do diretor, corroteirista e coestrela não é exatamente profícua.

Montevidéu, de Enrique Vila-Matas

Montevidéu, de Enrique Vila-Matas

“Montevidéu” desafia as convenções narrativas, apresentando-se como um anti-romance, um tratado de teoria literária que navega e dissolve fronteiras entre gêneros literários. A trama centraliza-se em um escritor em crise criativa, que viaja para Montevidéu sob o pretexto de participar de um congresso. Contudo, seu verdadeiro objetivo é visitar um quarto de hotel na Ciudad Vieja, imortalizado em um conto de Julio Cortázar e supostamente conectado a outro mundo.