Os caras que sabem tudo

Os caras que sabem tudo

Vivemos na era das certezas instantâneas, onde todo mundo parece ter uma opinião formada sobre tudo — e faz questão de anunciá-la. As redes sociais viraram uma espécie de palanque permanente, onde quem grita mais alto ganha mais atenção. Nesse mar de convicções prontas, fico cada vez mais fascinado pelos que sabem tudo, o tempo todo. Muitos se apresentam como especialistas de ocasião, distribuindo verdades absolutas a cada novo assunto. No fundo, talvez estejam apenas vendendo certezas embaladas para consumo rápido.

Sob demanda no Prime Video: o filme com Tom Hanks que vai te provar que a vida presta Divulgação / Sony Pictures

Sob demanda no Prime Video: o filme com Tom Hanks que vai te provar que a vida presta

Diante da previsibilidade com que muitas cinebiografias traçam a trajetória de seus protagonistas, “Um Lindo Dia na Vizinhança” inverte essa lógica. Em vez de um relato minucioso sobre Fred Rogers, o filme desloca seu foco para Lloyd Vogel, um jornalista cético encarregado de perfilar o apresentador para a revista Esquire. Inspirado na experiência real de Tom Junod, o longa não se contenta em apenas contar uma história, mas propõe uma reflexão sobre transformação emocional e reconciliação interna.

O mal-entendido do Brasil, segundo o teatro da Companhia do Latão Divulgação / João Maria

O mal-entendido do Brasil, segundo o teatro da Companhia do Latão

As mutações pelas quais passa o Brasil hoje deixam a maioria dos observadores sem entender o rumo do país. Alguns arriscam dizer que estamos num momento de “queda do Império Romano”. Os hábitos mudam, as escolhas religiosas também se deslocam, e a sensação de uma vida ruim está na conversa trivial com o vizinho de porta, o motorista de aplicativo, a moça que atende na padaria.

E se Tarantino dirigisse um roteiro dos irmãos Coen? Não precisa mais imaginar. Está no Prime Video Divulgação / California Filmes

E se Tarantino dirigisse um roteiro dos irmãos Coen? Não precisa mais imaginar. Está no Prime Video

Num território onde as fronteiras entre sobrevivência e degradação moral se confundem, um homem comum encara dilemas que não cabem em sermões nem em códigos de conduta. “Caminhos de Sangue” transforma o banal em detonador de tragédias silenciosas, conduzindo o espectador por uma espiral de decisões impensáveis. Quando o amor exige o inegociável, resta ainda alguma chance de redenção — ou só a vertigem da queda?

Drew Barrymore e Hugh Grant no tipo de comédia romântica que cura qualquer bad. Tá na Max Divulgação / Warner Bros.

Drew Barrymore e Hugh Grant no tipo de comédia romântica que cura qualquer bad. Tá na Max

Reunindo um popstar fora de época e uma escritora acidental, esta comédia romântica dribla o lugar-comum ao transformar a nostalgia em terreno fértil para a autocrítica e o afeto. Sem fingir originalidade onde ela não existe, o filme explora com inteligência as rachaduras da fama e o improviso do amor, compondo, entre ganchos melódicos e silêncios constrangedores, algo mais sincero que o esperado.