Delicado e poético, romance francês no Prime Video parece saído de uma pintura de Monet
“O Sabor da Vida” não se organiza em torno de reviravoltas ou clímax previsíveis, mas sim como um lento ritual de intimidade, em que o afeto se expressa com a mesma dedicação com que se tempera um molho ou se escolhe o ponto exato de uma carne. O diretor Anh Hung Tran não propõe uma história no sentido habitual do termo: ele convida o espectador a habitar um espaço onde o tempo se estica, a palavra cede lugar ao gesto e o amor se traduz pela repetição meticulosa de ações que, para olhos distraídos, talvez pareçam triviais. Nada é banal aqui. Tudo é escolha, ritmo, entrega.