A Hora da Estrela — Clarice cria seu próprio Prometeu e rouba o fogo dos deuses
Clarice conta uma história que acontece com um narrador que quer falar de uma mulher. Uma mulher que o ancora em uma rotina que, à medida que a novela evolui, o transforma em completo dependente do porvir que ele mesmo inventa. Especialmente, da relação que institui com a personagem, que cria e estabelece ao passo que a conhece. É um sistema retroalimentado, como em geral deve ser. Ele dá características para a personagem, ela o atrai para dentro de seu universo, e dali saem novas características que vão, na medida dessa evolução, transformando-a em um ser tridimensional e verossímil.