Testamento vital para uma alma viva, ou o autoréquiem de um pobre diabo
Quando eu morrer, aos cento e vinte anos, esquálido, terminal e sem audição, não digam que eu descansei. Não devolvam sobre os meus restos mortais o peso da minha própria morte. Quando eu morrer, aos cento e dez anos — Noel Rosa me perdoe — mas quero choro e vela, apesar de tudo. Também quero a fita amarela gravada com o nome dela, mas não se esqueçam do choro. Nem da vela.