Luiz Gama, a história do poeta e advogado que foi escravizado pelo pai e virou patrono da abolição
Luiz Gama foi um gauche. Ocupou espaços, superou a opressão sistemática, batalhou em meio ao improvável e exerceu sua primaz militância para a integração dos negros aprisionados em tempos de escravidão. Fora o baluarte da incipiente revolução ante a cristalizada dinâmica reacionária dos processos paulatinos abolicionistas. Em tempos de usurpação de biografias, é imperioso pontuar que isso nada tem a ver com meritocracia; ao contrário, é a exceção consciente em estado bruto do pioneirismo antideterminista, apesar dos muitos pesares.