Autor: Larissa Bittar

Ter uma melhor amiga é ter uma irmã para a vida toda

Ter uma melhor amiga é ter uma irmã para a vida toda

Basta um olhar e a mágica está feita: sem uma palavra sequer, com apenas a expressão do rosto ou um gesto singelo, você é compreendida da maneira mais genuína possível. Parece telepatia, mas é “só” profunda afinidade. É cumplicidade que extrapola a lógica e fortalece laços. Quem pode sempre contar com abraços que colorem dias cinza e sorrisos que celebram momentos de êxito conhece o maravilhoso privilégio que é ter uma melhor amiga.

Relações são vias de mão dupla. Quando não negligenciamos o outro, somos agraciados com amor

Relações são vias de mão dupla. Quando não negligenciamos o outro, somos agraciados com amor

Relações são vias de mão dupla. Dificilmente perseveram sem gentilezas mútuas (com exceção de casos em que há prazer na subserviência, apego extremo e dependência emocional). No entanto, até em relações saudáveis é comum que uma das partes caia no erro de esperar demais e retribuir pouco. Há os que acreditem ter o direito de receber carinhos que acalentam o coração no momento de dor.

O insistente dilema entre os prazeres de morar fora e a saudade dos que amamos

O insistente dilema entre os prazeres de morar fora e a saudade dos que amamos

É um cabo de guerra. De um lado a possibilidade de descobrir um mundo inexplorado e altamente convidativo. Do outro, o aperto que machuca o peito dos que optam por voar para longe do lar. Quem decidiu — por apreço à liberdade ou por necessidade — construir uma vida a milhares de quilômetros da cidade de origem conhece bem os conflitos que permeiam essa escolha. Algumas vezes há prazer em abrir a janela e enxergar a avalanche de novidades que reaviva a alma dos que trilharam caminho em direção oposta à zona de conforto.

A verdade é uma só: apenas os tolos acreditam em Deus

A verdade é uma só: apenas os tolos acreditam em Deus

No mundo das impressões apressadas, a crônica que falava sobre amor, escolhas e vontades ganha contornos de apologia ao aborto. O relato sobre a importância de valorizarmos a juventude e o tempo que escorre pelas mãos, é visto como desprezo à terceira idade. A ideia central estava ali, a dois minutinhos do título, ansiosa por ser notada. Com um pouco de disposição e paciência o indignado poderia perceber-se equivocado. Mas há prazer na indignação precipitada. É ela que faz o peito palpitar, entusiasmado pela oportunidade de ser combativo.