À medida que avançamos, deixamos para trás um bocado de nós
A gente insiste no desejo de abraçar o mundo. Não sei bem se isso é um defeito incorrigível ou uma bonita maneira de reconhecer a enormidade de universos que há para explorar. De toda forma, é inviável. Seja uma vontade infantil dos eternos insatisfeitos com o que possuem ou uma admirável tentativa de não sucumbir à mesmice, não deixa de ser inútil. Não temos braços e fôlego para abarcar a totalidade do que nos falta mantendo, ao mesmo tempo, o que nos sobra.