Paulo Gustavo: quando a morte contraria a ordem natural das coisas
Ironicamente, a finitude, única certeza que carregamos, é também a causadora dos nossos maiores espantos. Morrer não nos parece razoável, ainda que cláusula pétrea das leis de Deus. Ver morrer quem trilhava menos da metade da história que merecia escrever é desconcertante. A redenção, talvez, esteja nos enredos que a vida, ora implacável, ora generosa, permitiu que fossem traçados. A eternidade, desafio inatingível para a ciência e a medicina, é exclusividade da arte.