A vida é sopro sorrateiro que anuncia implacavelmente como somos frágeis
De repente o fôlego acaba. Na pane elétrica do avião de última geração, na estrada pouco iluminada, no tumor repentino, na bala perdida. Acaba para os que ostentam músculos e corações fortes e para os que agonizam seus corpos magros sobre macas improvisadas. Para os que rezam e os que não creem, para os que doam alimentos a comunidades pobres e os que desviam dinheiro de merenda, para os que saíram de casa em busca de troféus e os que foram comprar pão. Acaba para os que gostam de viver e para os que consideram a jornada um martírio. De repente a luz se apaga sem cerimônia, negando a cortesia de anunciar-se previamente para que você possa beijar quem ama, cuidar das plantas e rever orgulhos.