Autor: Lara Brenner

Enlouqueça! A vida é muito curta pra se viver em uma caixa

Enlouqueça! A vida é muito curta pra se viver em uma caixa

Pobres prudentes, que se resumem a preto e branco, censurando o arco-íris de seus irmãos! Pobres prudentes, que fecham os olhos ao grande mar de vida em seus próprios corações! Fossem mais insanos, dedicariam seu tempo ao precioso autoconhecimento e não a debruçar-se sobre o que lhes desinteressa. Somente um louco é capaz de mergulhar em si e questionar seu espírito com teimosia e curiosidade até compreender a fome que o move.

Pelo amor de Deus, a vida é mais do que ser magro e lindo!

Pelo amor de Deus, a vida é mais do que ser magro e lindo!

Uma das coisas que nos distinguem dos animais é a capacidade de intervir de maneira consciente no mundo e em nossa própria vida. A isso se dá o nome de “práxis”, ou seja, a consciência das razões pelas quais se faz ou se deixa de fazer algo. Por tal motivo, é coerente dizer que o ser humano é dotado de “propósito”, vocábulo que, do latim, quer dizer “aquilo que é colocado adiante”, ou seja, as razões que nos motivam.

Havemos de matar em nós a raiz da tristeza e não a ela sucumbir

Havemos de matar em nós a raiz da tristeza e não a ela sucumbir

Há certo medo de se falar em suicídio, como se isso fosse estimular quem está por um fio. Talvez, não sei. A verdade é que falta a naturalização da morte como um evento cotidiano: se reparar bem, morrer — todo dia, sempre e com coragem! — é simplesmente necessário. Só que é preciso escolher com calma quem vai para o abate, como um cirurgião que escolhe a parte do órgão a ser arrancada com a pinça. Há de morrer dentro de nós quem ousa minar as energias: o medo, a preguiça, o tédio, o descrédito e, sobretudo, a indiferença.

Se for amor, nenhuma distância separa

Se for amor, nenhuma distância separa

Relacionamentos a distância são complicados e exigem muito comprometimento das partes envolvidas. É como elaborar um cuidadoso contrato e confiar em sua execução, sem garantias reais, a despeito de tantos advogados do diabo a insistirem que se trata de uma ação perdida. Quem vive essa situação tem duas escolhas: ou se sucumbe ao ceticismo, ou se lança em alto-mar. Aos que escolhem tentar, a prova é árdua, mas há de trazer alguns pontos interessantes.