Não me espere para o jantar. Fui gostar de quem gosta de mim e não volto tão cedo!
Dei o fora de repente. Sem aviso prévio, sem fazer as malas. Saí como quem vai comprar cigarro e não volta mais. Tantas vezes a gente avisa que vai embora, ameaça, faz chantagem, mas por medo da solidão não consegue ir. Falta coragem. Prorrogamos a dor da despedida e a agonia que nos assalta só de pensar na abstinência do outro. Aceitamos menos amor, menos atenção, menos carinho, menos tesão, menos cuidado. A gente aceita ser menos, ou quase nada. Até que uma hora a gente cansa. E bate a porta sem dar uma palavra.