Graciliano Ramos e Machado de Assis: adições e subtrações
A escrita de Graciliano Ramos, pessoalíssima, muito pouco tem a ver com a elegância de Machado. Em “Origens e Fins”, Carpeaux definiu o estilo do maior romancista da Geração de 1930 como poeticamente clássico, a trair um “oculto passado parnasiano”. É lícito reconhecer que o gênio de Graciliano conseguiu uma síntese aparentemente impossível, a subverter de certo modo o didatismo das classificações e o aparente domínio da matéria expressiva pelos críticos e estudiosos.