Autor: J.C. Guimarães

Balzac, o autor que matou a esperança e revelou a desfaçatez humana

Balzac, o autor que matou a esperança e revelou a desfaçatez humana

Existem escritores de certa escala entre os quais é impossível, aliás, reconhecer os melhores. O máximo que conseguimos é estabelecer preferências. Nós aprendemos a chamar tais escritores de “clássicos”, os quais lemos para constatar que não há nada além, em matéria ficcional. O que os diferencia entre si é, talvez, o assunto. Sob este critério, é possível que nenhum deles supere Balzac quando se trata de abordar as relações humanas sob a perspectiva econômica.

As cinco pistas do gênio

Um dos grandes mistérios da arte é o que diz respeito à capacidade de certos autores de escrever tão bem, ao contrário de outros. Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade e Guimarães Rosa pertencem, seguramente, àquela categoria relativamente reduzida de ficcionistas e poetas que com seus textos encantam milhares de leitores, geração após geração. É mesmo encantamento, ao pé da letra.

15 músicas sertanejas que você não precisa ter vergonha de ouvir

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O critério dessa gente (empresários e produtores, sobretudo) é fazer ruído, barulho. É óbvio que as duplas obrigadas a se enquadrar, que fazem sucesso, não dão a mínima: o negócio é fazer “o que a galera gosta” e ganhar rios de dinheiro, com suas letras francamente debiloides e notas paupérrimas. Está provado que o sucesso é proporcional às besteiras que se diz: quanto mais estúpido, maior o estrelato. Já não é necessário construir uma obra, desde que se emplaque um refrão por temporada.

Por que Romero Britto é o Paulo Coelho das artes visuais

Romero Britto é pastiche porque imita uma concepção estética superada. Apropria-se dos códigos visuais da Pop Art, especificamente de um pintor que ele admite colecionar: Roy Lichtenstein, talvez o artista pop mais importante depois de Andy Warhol, para o qual a mensagem social não tinha importância, mas que se preocupava em problematizar a própria técnica.

O que ler Paulo Coelho revela sobre você

A maior artimanha de um best-seller é chamar o leitor de incapaz e este nem perceber, e ainda sair em defesa do instrumento que o subestima. É como se o best-seller dissesse que você não é capaz de ler e compreender um texto mais elaborado. A literatura água com açúcar, de best-seller, é o que há de mais básico e elementar. É o bêabá dos livros, o jardim da infância dos livros.