Autor: Helena Oliveira

Aplaudido de pé por 7 minutos no Festival de Toronto, filme sobre a busca da felicidade é um tesouro da Netflix Alison Rosa / Netflix

Aplaudido de pé por 7 minutos no Festival de Toronto, filme sobre a busca da felicidade é um tesouro da Netflix

“Gente de Bem”, que ganhou aplausos no prestigiado Festival Internacional de Cinema de Toronto, é um mergulho profundo nessas águas turvas da existência. Como se traçando paralelos com o envolvente “Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas”, o personagem de Nicole Holofcener, Anders Hill, trazido à vida pelo magnético Ben Mendelsohn, embarca em uma série de decisões impulsivas.

O filme da Netflix que você deveria assistir duas vezes Paramount Pictures / Netflix

O filme da Netflix que você deveria assistir duas vezes

As telas têm sido palco de uma reflexão incessante sobre a relação do ser humano com seu entorno e, em seus momentos mais sombrios, os potenciais catástrofes que essa relação pode gerar. Parece que há uma onda periódica de introspecção coletiva entre cineastas, independentemente de suas convicções e crenças, que os impulsiona a mergulhar em temas que tangenciam a extinção e a transitoriedade.

Escondido na Netflix, filme digno de Oscar é uma pequena obra-prima Divulgação / Sophie Dulac Productions

Escondido na Netflix, filme digno de Oscar é uma pequena obra-prima

Ao longo dos séculos, muitos grupos minoritários enfrentaram incompreensão e perseguição. Durante o período entre os séculos 12 e 18, a Inquisição, um aspecto infame da Igreja Católica, viu na heterodoxia uma ameaça, condenando ao fogo aqueles que considerava heréticos. Cerca de 100 mil mulheres, que, por atitudes consideradas não convencionais, foram tachadas de bruxas, sofreram nas mãos desta entidade religiosa. A maioria delas encontrou um fim trágico em chamas, um destino que não apenas encerrava suas vidas, mas também marcava e maculava o legado de suas famílias.

Um filme subestimado da Netflix que é um dos mais caros da história do cinema Matt Kennedy / Netflix

Um filme subestimado da Netflix que é um dos mais caros da história do cinema

Em uma era de crescentes divisões e embates ideológicos, o consenso mais amplamente aceito parece ser que o mundo se inclina, de maneira alarmante, em direção à intolerância. Esta postura rígida conduz a confrontos violentos que se estendem ao longo dos anos, deixando muitos se perguntando sobre as razões fundamentais para tais atritos. David Ayer, com seu filme “Bright”, aborda esta narrativa de maneira inovadora, embora o conceito não seja estranho ao universo cinematográfico.

Parece bobinho, mas não é: romance na Netflix é uma belíssima jornada de autoconhecimento e resiliência Jacob Yakob/LD Entertainment

Parece bobinho, mas não é: romance na Netflix é uma belíssima jornada de autoconhecimento e resiliência

A adolescência, esse período de estranhamento em relação a tudo, onde o desconforto em relação ao mundo e a si mesmo é palpável, onde a vontade de mudar tudo é fervorosa, mas o caminho para isso é incerto. Para jovens como Adam Petrazelli, o protagonista de “Palavras nas Paredes do Banheiro”, essa fase de personalidade em formação, impulsividade, força física e propensão a testar limites pode facilmente descarrilar em isolamento social, transgressões legais e, em última instância, confinamento involuntário em instituições estatais nem sempre adequadas para reabilitação.