O silêncio também é resposta
O silêncio diz muito mais do que se costuma ouvir de bocas aflitas, que jorram aos borbotões palavras atrapalhadas. Discursos tolos, sem aroma, nem sumo. Por vicio ou pretensa natureza, estamos acostumados a nos relacionar com a boca. Dela emanam sons filosóficos, conexos ou desconexos. Em sua maioria vazios como bolinhas de sabão. Falas de acompanhar a gula de bolinhos de bacalhau, chopes gelados em série, alargando barrigas carentes e solitárias companhias.