Nosso medo é um tremendo tapa na cara
Logo de saída, nas inúmeras situações em que ele se apresenta (ou se esconde) o medo, ou o Medão — pai de todos os medos, mesmo os mais chinfrins — se protege com um séquito de desculpas, as mais esfarrapadas. Ou deslavadas possíveis. A gente vive, desde pequeninos, fazendo de conta que o medo não é medo. É outra coisa. Veste nele uma fantasia de conveniência, explicações baratas, apaziguamentos fortuitos endereçados à nossa exasperada e sempre vigilante consciência.