Autor: Giancarlo Galdino

A metafísica da vida é o nada. A vida não faz mesmo qualquer sentido; somos nós que damos sentido à vida e fazemos dela o que queremos. Desde que o homem flana perdido pelos campos verdejantes e pelos desertos do mundo, o colhe o imprevisto, fatos que fogem à conveniência, e as circunstâncias o impelem a pensar rápido e resolver as mais intrincadas questões. Surpresas não são sempre ruins, claro, e é por isso que a vida é tão boa, mesmo quando nem tão boa assim.

O marxismo nunca foi unanimidade em lugar algum do mundo. Mesmo nas ditaduras que diziam se valer dos ensinamentos de Karl Marx a fim de justificar as atrocidades mais inomináveis, a doutrina que na teoria defende a classe operária recebeu enxovalhos de toda sorte, pela inconsistência de seus princípios com a realidade. Assim mesmo, é muito valido conhecer um pouco acerca das origens de um assunto que hoje, passados mais de cem anos da morte de Marx, ainda provoca tanto rebuliço.

Ver a vida com os olhos de criança, abertos ao mundo que nos rodeia, ávidos por novidade, desejosos de algum alento que nos faça esquecer um pouco o tique-taque do relógio e o eterno transcorrer dos dias. A curiosidade enseja no homem novas vontades, novos quereres, novos jeitos de pensar. O pensamento humano se desdobra em inúmeras ideias, em incontáveis formas de se refletir sobre os mais variados assuntos. Padrões e arte nunca se ajustaram muito bem.

O homem, coitado, continua penando sobre a Terra, cheio de problemas, de doenças, negando-os e, mesmo assim, achando que escapa… É da natureza humana negar, se esconder, procurar as soluções fáceis para as questões mais intrincadas. A filosofia salvaria a pátria, mas quem foi que disse que ela foi feita para isso? “Niilismo”, do latim nihil, “nada”, é a corrente filosófica que prega a completa ausência de sentido e razoabilidade da vida.