Autor: Giancarlo Galdino

O filme mais bonito de Steven Spielberg (e um dos mais deslumbrantes dos últimos anos) está no Prime Video Divulgação / UPI

O filme mais bonito de Steven Spielberg (e um dos mais deslumbrantes dos últimos anos) está no Prime Video

Talento, rebeldia, a tal busca pela felicidade, o desejo de fazer da vida algo extraordinário, tudo isso pulsa em “Os Fabelmans”, decerto um dos mais autorais dos filmes de Steven Spielberg, um dos diretores mais intimistas de Hollywood. Spielberg levou meio século para conseguir botar no papel suas impressões a respeito do ofício que o consagrou, e o faz de um jeito não menos que mágico, centrando a ação num casal judeu e seus dois filhos, cada qual dotado de virtudes e ânimo distintos, o que nunca degenera em tumulto, soberba ou rupturas.

Do mesmo diretor de Amores Brutos, drama ovacionado no Festival de Veneza chega à Netflix Divulgação / K&S Films

Do mesmo diretor de Amores Brutos, drama ovacionado no Festival de Veneza chega à Netflix

O trio de fracassados de “A Céu Aberto” tenta a última cartada em busca de reparação lançando-se pela fronteira entre os Estados Unidos e o México com um propósito tão arriscado quanto nobre, ainda que levado a um extremo criminoso. Lançado no TIFF, o Festival Internacional de Cinema de Toronto, no Canadá, “A Céu Aberto” tem pedigree. Os diretores Mariana e Santiago Arriaga replicam a obsessão de Guillermo Arriaga, roteirista de sucessos como “Babel” (2006) e “Amores Brutos” (2000), dirigidos por Alejandro González Iñárritu, e conhecido por esmerilhar o texto até chegar à palavra mais justa e a reação mais persuasiva.

Obra-prima de Wim Wenders, é o filme mais bonito de 2024, disponível no Mubi Divulgação / Wenders Images

Obra-prima de Wim Wenders, é o filme mais bonito de 2024, disponível no Mubi

Kōji Yakusho permanece mudo ao longo dos quarenta minutos iniciais de “Dias Perfeitos”, o que não quer dizer que não esteja empenhado num dos melhores papéis do cinema. Não é de hoje que Wenders busca inspiração no que cineastas nipônicos têm de mais potente e genuíno, casos do Yasujiro Ozu (1903-1963) de “A Rotina Tem Seu Encanto” (1962) e do Akira Kurosawa (1910-1998) do agridoce “Um Domingo Maravilhoso” (1947), referências claras neste trabalho do diretor; contudo, ele não se limita às homenagens e imprime sua própria marca.

O filme de 7 bilhões de reais: um dos maiores sucessos de bilheteira da história do cinema chega à Netflix Divulgação / Paramount Pictures

O filme de 7 bilhões de reais: um dos maiores sucessos de bilheteira da história do cinema chega à Netflix

Há sempre um elemento de sátira sociopolítica em filmes que denunciam as mazelas do que pode vir a se tornar a vida na Terra num prazo que talvez nem seja assim tão longo, e “Transformers: O Lado Oculto da Lua” confirma a tendência. A franquia, já cheia de possibilidades doutrinárias por si só, torna-se ainda mais ideológica nas mãos de Michael Bay, o primeiro nome a vir à cabeça quando se pensa nessas histórias.

Chegou à Netflix o filme perfeito para um dia tranquilo em casa: pura leveza e nostalgia Divulgação / Colombia Pictures

Chegou à Netflix o filme perfeito para um dia tranquilo em casa: pura leveza e nostalgia

“Ghostbusters: Afterlife” é pouco mais que um negócio de família. Em 1984, Ivan Reitman (1946-2022) contou a história de um grupo de exorcistas pop que se ocupava de conter uma praga de carnavalescas assombrações em Manhattan. Como sói acontecer em continuações, Reitman e o corroteirista Gil Kenan valem-se da premissa inicial para encher o filme de penduricalhos, alguns eficientes, outros nem tanto.