A Revista Bula selecionou sete filmes que chegaram esse mês ao catálogo da Netflix e que vão adicionar emoção a todos os seus dias da semana. Todos os selecionados já foram resenhados pela Bula e tiveram avaliações iguais ou superiores a nota 8. Os títulos estão listados por ano de lançamento.
O cinema se detém a empreender uma das tarefas mais ingratas que podem existir: compreender as dicotomias, as neuroses, as violências do homem contra o meio em que se insere — contra si mesmo e contra o outro, portanto. Na lista da Bula, temos sete filmes, todos disponíveis no acervo da Netflix, que discorrem acerca da capacidade invencível no homem de se autodestruir na medida em que não toma pé de sua situação no planeta, na sociedade, no próprio tecido biológico, o manto da vida composto por cada um de nós e sem o qual não resistiremos.
“Tallulah” tenta derrubar, com toda a honestidade e da maneira mais sensível, tabus acerca do que é, afinal, ser mãe e em que isso melhora — ou piora — a condição da mulher. A maternidade exige sacrifícios e só deve se arvorar a colocar alguém no mundo quem ama, a si e aos outros (e mais aos outros que a si mesmo).
Fazendo esclarecimentos sobre questões importantes a respeito de um evento obscuro da História, “Munique: No Limite da Guerra”, adaptação do romance homônimo de Robert Harris, centra as atenções de seu enredo sobre dois diplomatas, outrora amigos, mas que hoje combatem em lados opostos da trincheira. O diretor Christian Schwochow conduz um tema espinhoso de maneira fluida, e acaba não sendo fácil desligar da história mais de duas horas depois.
Duas histórias paralelas se cruzam pelo pior dos motivos e, depois disso, duas vidas nunca mais seguirão como antes. “O Violino do Meu Pai”, de Andaç Haznedaroğlu, expõe o drama de uma menina, subitamente sozinha no mundo, a não ser por seu tio, que nunca soube que ela existia e se vê obrigado a decidir entre acolhê-la, e perder boa parte do que conquistou, e desprezá-la, perdendo muito mais.
