Autor: Giancarlo Galdino

O filme que todo mundo deveria assistir no primeiro dia do mês

O filme que todo mundo deveria assistir no primeiro dia do mês

Acreditando que o humor é a chave para se abrir as arcas mais secretas da humanidade, Vittorio De Sica — uma lenda do cinema ainda neste tempo, em que tudo é envolvido por um fumo de efemeridade — chega ao mais profundo do homem em “Ontem, Hoje e Amanhã”. Analisando a sociedade de pontos de vista ousadamente inéditos, De Sica entrega três filmes em um, cada qual com sua mensagem, todas reveladoras a seu modo.

Inteligente, arrogante, dramático e complexo, o filme quase perfeito que deveria ser assistido por todos, na Netflix Jaap Buitendijk / Paramount Pictures

Inteligente, arrogante, dramático e complexo, o filme quase perfeito que deveria ser assistido por todos, na Netflix

“A Grande Aposta”, sátira de Adam McKay sobre os arroubos criminosos de banqueiros, investidores, gerentes de fundos et caterva, na qual o diretor se debruça sobre as causas e efeitos da crise financeira de 2008, tomando por base o livro “A Jogada do Século” (2011), de Michael Lewis, corroteirista do longa. Da forma mais simples — e louca — que pode, McKay elabora um trabalho primoroso, cujo desfecho aponta para uma conclusão a que qualquer pagador de impostos já chegou faz tempo.

Tão filosófico quanto divertido, filme escondido na Netflix é um diamante para a alma

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Junto com o futebol e as preferências sexuais, religiões fazem parte daqueles assuntos espinhosos, de que se deve manter uma respeitosa distância, evitando-se assim qualquer sorte de debate mais inflamado — colaborando-se com a injustiça e o obscurantismo. Tem se tornado uma tradição do cinema indiano questionar as… tradições, como se assiste em “PK”, de Rajkumar Hirani, que evidencia os perigos da interpretação literal da doutrina teológica, seja qual for a crença.

Aposta para o Oscar 2022, drama sobre os efeitos psicológicos do confinamento acaba de chegar à Netflix

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O taiwanês Chung Mong-hong já vai na estrada há dezesseis anos, desde 2006, quando estreou o documentário “The Doctor”. Seu primeiro drama, “Parking”, foi lançado em 2008, e desde então não parou mais. Em 2019, os olhos do mundo tornaram a se voltar para Taiwan e a forma sensível como Mong-hong vê o mundo e no ano de 2021, a pandemia de covid-19 prestou-se ao cenário ideal para o cineasta falar de amor, tolerância e resiliência em “The Falls”, drama que se recusa a dar espaço a qualquer clichê.