Autor: Giancarlo Galdino

O filme, na Netflix, que o deixará doente mas, mesmo assim, você deveria assistir

O filme, na Netflix, que o deixará doente mas, mesmo assim, você deveria assistir

O drama sul-coreano “Em Silêncio” é a interpretação do diretor Hwang Dong-hyuk para a história verídica (e asquerosa) de uma série de abusos contra alunos de uma instituição voltada ao ensino de deficientes auditivos. Os delitos começaram em 2000, estenderam-se por três anos, até 2003, e, lamentavelmente, o que se vê no longa é uma realidade que brasileiros conhecemos muito bem, possível graças ao poder do dinheiro e da tibieza moral de gente paga para zelar pelo bem comum, sobretudo de quem não tem voz.

A joia australiana, da Netflix, que você deveria assistir

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“O Casamento de Ali” trata de um assunto espinhoso sem, no entanto, pesar a mão, nem sobre os dramas de família do protagonista, nem no que se refere à discussão de fundo que encerra, o islamismo e suas chagas neste século 21. Inspirado em acontecimentos reais, Jeffrey Walker leva à cena uma comédia de situação também voltada para o romance, tendo por norte conservar a leveza proposta pelo enredo, agradando a um público vasto. Muçulmanos inclusive.

O filme da Netflix, inspirado em Tarantino, que possui 95% de avaliações positivas, mas continua desconhecido

O filme da Netflix, inspirado em Tarantino, que possui 95% de avaliações positivas, mas continua desconhecido

Tomando Tarantino como uma de suas influências em “O Mundo é Seu”, o diretor Romain Gavras acerta ao celebrizar o aspecto de mundo-cão de sua história, porém elevar o nonsense e a marginalidade à categoria de pensamento pode ser má teoria política, mas nunca arte. O filme tem méritos, contudo, ao valorizar seu elenco, poderoso, e deixar o caminho aberto para refinamentos narrativos, que hão de surgir naturalmente.

Um dos melhores e mais originais filmes do século 21 acaba de chegar à Netflix

Um dos melhores e mais originais filmes do século 21 acaba de chegar à Netflix

Pedro Almodóvar não se tornou um dos maiores diretores da história do cinema à toa. Destemido, Almodóvar leva para a tela as experiências que apreende ao longo da vida, suas e dos outros. Em “Volver”, o cineasta põe grande parte delas ao alcance do espectador, falando de vida e morte e das escolhas que podem ser decisivas e implicar em viver ou morrer, ainda que metaforicamente.

Extravagante e cínica, obra-prima arrebatadora acaba de chegar à Netflix

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“Má Educação” segue ao pé da letra o protocolo almodovariano de escancarar o pseudomoralismo das relações humanas, que constantemente redunda em questões ligadas à Igreja e à própria religião. Aludindo ainda a temas como política, costumes e o quanto de falsidade pode haver em condutas tidas como as ideais para a redenção de alguém, Pedro Almodóvar apresenta um filme rico e prazeroso, em que todo comentário, toda cena, cada fala que sai da boca de um personagem têm muita razão de ser.