Autor: Giancarlo Galdino

Novo filme da Netflix é um banquete para a alma Divulgação / Netflix

Novo filme da Netflix é um banquete para a alma

Estendendo-se sobre uma gama inestimável de comportamentos reprováveis, que geram angústia em todos os indivíduos que tomam parte em dadas situações, mas principalmente em quem os manifesta, algumas moléstias do espírito têm cura e todas dispõem de tratamento, como se vê em “Os Olhos Negros de Marilyn”, do diretor italiano Simone Godano, que conduz seu filme com toda a poesia que o assunto merece.

Insano, perturbador e brilhante, filme da Netflix vai te prender da primeira cena aos créditos finais

Insano, perturbador e brilhante, filme da Netflix vai te prender da primeira cena aos créditos finais

O capitalismo apronta das suas, arrasa carreiras mundo afora e lança na rua uma horda de desempregados todos os meses, mas não dá para chorar as pitangas. Os psicopatas, por exemplo, estremecem com o baque inicial, mas seguem como se nada tivesse acontecido, descobrindo logo um meio de virar o jogo. No espanhol “A Casa”, os irmãos diretores Àlex e David Pastor exploram uma pequena faceta de uma figura como essa, tão sedutora quanto perigosa.

O filme na Netflix feito sob medida para aliviar os perrengues da vida

O filme na Netflix feito sob medida para aliviar os perrengues da vida

“Downton Abbey” é um filme muito peculiar. Quem não acompanhou a série, ou não gostou mesmo, vai ter dificuldade em absorver os tantos detalhes destrinchados ao longo de seis temporadas em apenas duas horas. Contudo, o diretor Michael Engler esmera-se em levar à tela uma história plena de conspirações, namoros às escondidas, lacaios de vida dupla e camareiras ladras, um quadro vívido de uma quadra da história britânica que, com uma ou outra mudança, permanece.

Selvagem, poderoso e perturbador, o filme da Netflix que vai grudar na sua cabeça

Selvagem, poderoso e perturbador, o filme da Netflix que vai grudar na sua cabeça

Muitas vezes, ficar sozinho por anos a fio vai nos reduzindo a alguma outra condição. Nem mais humano, mas ainda não tornado bicho, quem se sujeita a tal experiência, voluntariamente ou não, pode até gostar do que vivencia, mas a necessidade do convívio com as outras acaba se impondo em alguma medida, como para o caçador de feras que protagoniza “Sob a Pele do Lobo”, do espanhol Samu Fuentes, que trata a solidão sem o glamour que lhe conferem as narrativas sobre o homem urbano.