Autor: Giancarlo Galdino

Filmado por um iPhone e celebrado em festivais de 2024, o novo romance da Netflix é um deleite para olhos, alma e coração Divulgação / Sky Films

Filmado por um iPhone e celebrado em festivais de 2024, o novo romance da Netflix é um deleite para olhos, alma e coração

“Amor que Sufoca” atesta que qualquer um perde a cabeça diante das várias armadilhas caprichosas do amor, mesmo um equilibrado jovem taiwanês trilhando seu caminho rumo ao sucesso. Arrojado, Liao Ming-yi tem no currículo trabalhos como “I WeirDo” (2020), o primeiro longa da Ásia todo filmado com um telefone, empreitada que rendeu-lhe as indicações para Melhor Novo Diretor e Melhor Fotografia no 57º Golden Horse, uma das premiações em língua chinesa mais importantes do mundo.

Considerado um dos maiores faroestes do século, obra-prima com Brad Pitt está no Max Divulgação / Warner Bros.

Considerado um dos maiores faroestes do século, obra-prima com Brad Pitt está no Max

“O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford” é um conto de morte, mas também sobre as neuroses que povoam os desejos do homem, num misto de luxúria, ganância, inveja e paixão, subindo e descendo nas intensidades que a história exige. No início da carreira, o neozelandês Andrew Dominik parecia mais inclinado a registrar esses desacertos entre criminosos, e aqui de alguma forma continua o que já havia apresentado em “Chopper” (2000), a biografia romanceada de Mark Brandon Read (1954-2013), o prisioneiro mais conhecido da Austrália.

O filme que todas as pessoas deveriam assistir no primeiro dia do ano Divulgação / Fox Searchlight Pictures

O filme que todas as pessoas deveriam assistir no primeiro dia do ano

Um dos diretores mais ambiciosos da história do cinema, Terrence Malick deseja com “A Árvore da Vida” chegar ao mais oculto do espectador, e para isso desce ao fundo de si mesmo. Malick, um cavoucador das próprias lembranças, parece estar sempre em busca de algo que o desafie, e acha num enredo quase banal um tesouro. O pulo do gato em seu minucioso roteiro é tentar persuadir quem assiste de que a história daquela família — e, por extensão, a sua — poderia muito bem ser a história de qualquer um e, por que não?, a da humanidade mesma.

A segunda temporada da série da Netflix mais esperada de 2024 é também a maior decepção do ano Divulgação / Netflix

A segunda temporada da série da Netflix mais esperada de 2024 é também a maior decepção do ano

Há três anos, espectadores do mundo inteiro passaram a conhecer — e a se encantar — com uma face da ganância e do desespero inaudita até então. “Round 6” não teria se transformado no fenômeno que é sem nosso insaciável apetite pelo mórbido, quase sempre mascarado pelo cínico pretexto da empatia, termo tão gasto para uma atitude tão eivada pelo marketing. Nesses novos sete capítulos, o diretor-roteirista Hwang Dong-hyuk dosa ação e drama ao longo de cerca de sete horas de cenas milimetricamente pensadas que reúnem algumas boas surpresas e muita espuma.

Um dos filmes mais assistidos da atualidade: a guerra contra a IA que você vai querer assistir duas vezes, no Prime Video Divulgação / Hulu

Um dos filmes mais assistidos da atualidade: a guerra contra a IA que você vai querer assistir duas vezes, no Prime Video

De quando em quando, vaticínios tolos a respeito do alcance da inteligência artificial são reforçados por produções como “O Criador”, uma distopia aparentemente séria, mas vazia em seus esforços de despertar a atenção do público recorrendo a uma verdadeira antologia de ficções científicas de sucesso. Diretor de arrasa-quarteirões de franquias que dobram o passar dos anos, Gareth Edwards pega o espectador pelo olhar, a exemplo do que se assiste em “Godzilla” (2014) e “Rogue One: Uma História Star Wars” (2016), e parece certo de que isso é o suficiente. No entanto, o truque não surte o efeito que prometia.