Autor: Giancarlo Galdino

Filme ganhador do Oscar, com Al Pacino, e considerado um dos mais belos do cinema está na Netflix Divulgação / Universal Pictures

Filme ganhador do Oscar, com Al Pacino, e considerado um dos mais belos do cinema está na Netflix

Há maneiras e maneiras de se ser infeliz, e o tenente-coronel Frank Slade conhece boa parte delas. Num dos papéis mais abstrusos e saborosamente desconfortáveis de uma carreira vitoriosa desde sempre — e que seguiu assim, a despeito das diatribes de alguns críticos, ensopadas na baba da inveja —, em “Perfume de Mulher”, de Martin Brest, Al Pacino incorpora Slade em suas minudências mais particulares.

O melhor, mais belo e melancólico filme de 2023 chegou à Netflix e vai te emocionar Divulgação / Netflix

O melhor, mais belo e melancólico filme de 2023 chegou à Netflix e vai te emocionar

“Meu Nome é Chihiro” dá a impressão de ser uma espécie de tributo à heroína de Hayao Miyazaki, e, de certo modo, a inferência procede. Assim como a personagem-título de “A Viagem de Chihiro” (2001), Oscar de Melhor Filme de Animação, a protagonista do longa de Rikiya Imaizumi também é dona de seu próprio nariz e corajosa um tanto além da medida e demonstra preferir manter-se em constante deslocamento a se relegar à condição de mera espectadora da vida.

Brutal e violento, filme de ação que estreou esta semana na Netflix é o mais visto do mundo na atualidade

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Os tons lúgubres da violência dominam boa parte dos 87 minutos de “Violência Solitária”, o thriller em que Stephen Durham repisar muitos dos chavões do gênero na tentativa de recriar a aura dos clássicos do gênero, até aproximando-se um pouco do faroeste. Irretocável, a fotografia de Jon Schweigart mantém a história num compasso de tensão sem fim, desde as primeiras cenas do flashback que dá algumas pistas quanto aos desdobramentos da ideia infeliz de um casal apaixonado.

Última chance para assistir: ganhador de uma dezena de prêmios, drama chileno na Netflix é um diamante bruto Divulgação / Fabula

Última chance para assistir: ganhador de uma dezena de prêmios, drama chileno na Netflix é um diamante bruto

Homens nitidamente perturbados e algo coléricos visitam a obra do chileno com frequência, vide “Tony Manero” (2008) e “El Club” (2015), mas em “Sinfonia Inacabada” Larraín parece ter querido fixar-se no que resta por ser dito, como se o que não é revelado constituísse um outro filme, decerto muito mais intenso, porém igualmente muito mais obscuro e aberto a interpretações que contornam o óbvio.