Autor: Giancarlo Galdino

O último filme de Antoine Fuqua, com Denzel Washington, vale a assinatura do Max Divulgação / Columbia Pictures

O último filme de Antoine Fuqua, com Denzel Washington, vale a assinatura do Max

Robert McCall parecia ter sumido do mapa, mas estava apenas dando um tempo numa vila isolada da Sicília. Assim começa “O Protetor: Capítulo Final”, com uma das sequências mais aterradoras do cinema nos últimos seis anos, quando Antoine Fuqua levou à tela o segundo filme da série, já pródigo das cenas em que Susan Plummer, a melhor amiga e ex-colega de trabalho de McCall, é executada por gângsteres no decorrer da investigação de um assassinato na Bélgica.

Filme que levou Channing Tatum a 100 dias de isolamento militar chega à Netflix e se torna um dos mais assistidos do mundo Divulgação / Columbia Pictures

Filme que levou Channing Tatum a 100 dias de isolamento militar chega à Netflix e se torna um dos mais assistidos do mundo

Roland Emmerich é uma grife no que respeita a produções sobre monstros e hecatombes que ameaçam nossa vidinha singular. Diretor de arrasa-quarteirões a exemplo de “Independence Day” (1996), “Godzilla” (1998), “O Dia Depois de Amanhã” (2004) e “Independence Day: O Ressurgimento” (2016), em “O Ataque” o alemão galvaniza a neurose e o perfeccionismo que o fizeram multimilionário — embora se perceba um certo descompasso temporal.

Se existe uma história de amor obrigatória no cinema, é a obra-prima atemporal de Tom Ford, disponível no Canal Max

Se existe uma história de amor obrigatória no cinema, é a obra-prima atemporal de Tom Ford, disponível no Canal Max

Christopher Isherwood (1904-1986) viu na força dos versos de Tennyson e na solércia dos argumentos de Huxley a matéria-prima para tecer suas críticas a um estilo de vida que parecia-lhe confuso. Em 1964, o britânico-americano publicou “Um Homem Solteiro” (1964), por seu turno adaptado para o cinema sob o nome infeliz de “Direito de Amar”, um ótimo desfecho para a cadeia iniciada há dois séculos. Esteta profissional, Tom Ford pontua seu trabalho com filigranas como os ternos e vestidos desenhados por Arianne Phillips, um assunto que domina como poucos, a fim de chegar ao que de fato interessa.

Após chocar Cannes e ser aplaudido por 6 minutos, novo filme de Yorgos Lanthimos está nos cinemas brasileiros Divulgação / 20th Century Studios

Após chocar Cannes e ser aplaudido por 6 minutos, novo filme de Yorgos Lanthimos está nos cinemas brasileiros

O cinema de Yorgos Lanthimos provoca. Mais novo queridinho de Hollywood, o diretor tem se especializado em falar de assuntos e gente estranhos, e “Tipos de Gentileza” comprova a tendência iniciada com “Meu Melhor Amigo” (2001), sobre um vendedor de seguros que perde um voo para a França e passa pelas situações lanthimosianas que vêm capturando as atenções de plateias do mundo todo a partir de “Dente Canino” (2009). Aqui, três histórias que interligam-se ou não giram em torno do homem e os desejos que todos os dias é obrigado a sufocar.

Melhor filme brasileiro de 2024, até agora, foi aplaudido de pé por 12 minutos em Cannes Divulgação / Pandora Filmes

Melhor filme brasileiro de 2024, até agora, foi aplaudido de pé por 12 minutos em Cannes

“Motel Destino” é o filme mais quente do Festival de Cannes, diz a “Vanity Fair” — e o mais ardiloso também, acrescento eu. Por trás da lascívia quase gratuita de corpos nus, há o desejo visceral de Karim Aïnouz de conhecer o que está por trás de almas perdidas, todas no estabelecimento nomeado no título, um tipo de inferno que nem mesmo Dante Alighieri (1265-1321) saberia imaginar. Não sei dizer com a devida precisão em quanto aumenta o turismo ao litoral do Ceará, porém se os gringos nos enxergam como a carne mais barata do mercado, provamos que somos mais que um Brasil que canta, transa e é feliz.