Autor: Giancarlo Galdino

Baseado em uma história real, filme com Hilary Swank vai te fazer acreditar em milagres, no canal Max

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Sharon Stevens Evans, a protagonista de “Uma Vida de Esperança”, parecia não ver empecilho algum em levar sua vida sem nenhum dilema existencial, sem nenhum incômodo com o sofrimento do outro, até que uma manchete de jornal a estarrece. Jon Gunn tira da história verídica de Sharon, empenhada em salvar de uma morte lenta e injusta uma menina de cinco anos, os elementos para um melodrama de peso, alicerçado na performance irretocável de uma atriz que só melhora com o tempo.

Ganhador do Festival de Cannes, a obra-prima que consagrou Cate Blanchett está na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

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Todo mundo já escutou considerações sobre o tal efeito borboleta, que prega um elo muitas vezes invisível entre causas e consequências as mais insólitas ligando fatos diversos. Essa é a única razão para se admitir como plausível o que se vê em “Babel”, uma junção de três histórias sobre coincidência, destino, (má) sorte e as opressivas infelicidades que nos reserva o existir, para gente comum ou para espíritos destacados do resto da pedestre humanidade, cheios de uma luz interior que as livra de situações invencíveis para os simples mortais — até que a engrenagem que segura a máquina se arruína.

Último filme da franquia de suspense e terror mais famosa do cinema acaba de estrear na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

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Stu Macher e Billy Loomis, os assassinos da série “Pânico”, continuam aprontando. Em “Pânico 6”, Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett requentam alguns dos mistérios de “Pânico 5”, tomando o cuidado de deixar uns Easter eggs, umas pistas — verdadeiras ou não — ao longo do caminho. James Vanderbilt e Guy Busick, por seu turno, seguem com rigor as coordenadas do minucioso texto original de Kevin Williamson, outra razão da boa fortuna dessas produções.

90 minutos de risadas garantidas: o filme mais engraçado e divertido que você assistirá este mês na Netflix

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Em “Morte no Funeral”, Neil LaBute fala da morte apelando ao nonsense, trocando o sinal empregado por Frank Oz no remake do filme britânico de 2007 de mesmo título. Nada aqui faz muito sentido — como a própria morte para muita gente, aliás —, e, em sendo assim, o diretor inclui em sua versão da história toda a bizarrice que consegue, tratando de dar-lhe algum lastro de banal normalidade.

Ganhador da Palma de Ouro no Festival de Cannes, filme europeu, que foi aplaudido de pé nos cinemas, está no Max Divulgação / Imovision

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Um homem é forçado a peregrinar por repartições públicas implorando para ser atendido numa questão banal. Sim, o argumento central de “Eu, Daniel Blake” é Kafka na veia, tão dramático e um tanto menos casmurro que “O Processo” (1925), publicado postumamente, à revelia do último desejo do tcheco, morto um mês antes de completar 41 anos, em 1924. O roteiro de Paul Laverty balança de um patente descrédito de tudo para os inesperados alívios cômicos que aproximam o protagonista do espectador, e então qualquer um é capaz de sentir sua agonia, o grande trunfo de Ken Loach.