Obra-prima de Wim Wenders, é o filme mais bonito de 2024, disponível no Mubi
Kōji Yakusho permanece mudo ao longo dos quarenta minutos iniciais de “Dias Perfeitos”, o que não quer dizer que não esteja empenhado num dos melhores papéis do cinema. Não é de hoje que Wenders busca inspiração no que cineastas nipônicos têm de mais potente e genuíno, casos do Yasujiro Ozu (1903-1963) de “A Rotina Tem Seu Encanto” (1962) e do Akira Kurosawa (1910-1998) do agridoce “Um Domingo Maravilhoso” (1947), referências claras neste trabalho do diretor; contudo, ele não se limita às homenagens e imprime sua própria marca.